No fim de semana passado, o Rio foi palco de cenas de barbárie. Após uma onda de arrastões nas praias cariocas, moradores brancos – ou quase brancos – da Zona Sul pararam um ônibus com destino à periferia, em busca de vingança. Quebraram vidros e agrediram jovens negros, causando pânico. Para o sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise de Violência da Uerj, a cena de selvageria é um sinal de alerta sobre a deterioração da convivência democrática, das leis e do Estado de direito.
Alunos da Escola Estadual Aggêo Pereira do Amaral, do bairro Árvore Grande, realizaram uma manifestação contra o pedido de retirada de um trabalho que tratava sobre violência policial. O caso repercutiu nas redes sociais e em apoio ao professor e coordenador do trabalho,que sofreu injúrias pela internet, os alunos se uniram.
Acabo de chegar em casa, estou assustada, que noite foi essa meu Deus? Havia saído da faculdade cedo, estava animada, me sentia bem, pois hoje entrei em sala de aula do jeito que eu gosto, sem precisar me “arrumar” toda no padrão do curso de Direito, estava com um jeans rasgado, camiseta escrito #SONEGO, marca produzida na quebrada, com menção a um morador da favela dentre outros significados (sonego, só nego, sou negro).
Qual sentido em discutir e divulgar de modo sensacionalista um crime depois que ele já foi cometido? Por não ser detetive, nem médico legista, a melhor maneira para dissecar a violência é regredir nos milhares de "pequenos" crimes cometidos de maneira sutil, muito antes do gatilho ser disparado. Não há maior violência que a própria cultura da violência, mais nociva que a bomba atômica.
Por Toni C.*
Os casos de estupros coletivos podem ter pena ampliada em um terço. É o que prevê projeto apresentado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se for aprovado, o projeto poderá seguir diretamente para a Câmara dos Deputados.
Manifestações em Osasco, São Paulo e na Cinelândia em frente à igreja da Candelária no Rio de Janeiro pelo fim da violência por Mais Democracia Mais Direitos. Os locais foram escolhidos pelas chacinas da quais foram cenários. Veja o vídeo-manifesto produzido com apoio do MSTL – Movimento Sem Tela.
A oposição, liderada pelo PSDB de Aécio Neves, está gerando no país um clima de violência política, até mesmo de guerra civil.
Por Aldo Fornazieri*
O assassinato de Adriana e Jade Moraes, por Marcelo Barbarena, lança um enorme porquê a toda explicação.
O governo federal está empenhado em criar um pacto nacional para redução do número de homicídios no país. Durante reunião na última quinta-feira (30), a presidenta Dilma Rousseff convocou os governadores a participar de um esforço integrado para diminuir a média nacional de assassinatos, que hoje é de mais de 23 homicídios por 100 mil habitantes. Deverá ser estabelecida uma meta para que o Brasil consiga reduzir em pelo menos 5% os homicídios por ano.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que os casos de linchamento que ocorrem em vários estados são resultado de uma intolerância generalizada que existe atualmente no país. “Eu tenho raiva, eu tenho ódio do outro porque ele é diferente, porque ele teve uma atitude que não acato ou até mesmo porque ele teve uma atitude não condizente com a lei do Brasil.
A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, disse que os casos de linchamento que têm ocorrido em vários estados são resultado de uma intolerância generalizada existente atualmente no país.
É notável o empenho dos veículos de comunicação em minimizar a importância do ataque a bomba contra o Instituto Lula. A gravidade do fato não está na qualidade ou potência do artefato explosivo e sim na sua natureza, na expressão de ódio e intolerância para com a corrente política que o ex-presidente da República representa.
Por Tereza Cruvinel, no Brasil 247