Messias Pontes: Hipocrisia dos tucanos não tem limites

Quem conhece o candidato tucano sabe muito bem que ele é apaixonado pela seita fascista Opus Dei e um dos seus principais colaboradores, que é o lídimo representante da elite brasileira, notadamente da paulista, enfim, que representa, no momento, o que há de mais atrasado na política brasileira. Porém tem de reconhecer que ele é uma pessoa educada, tanto assim que se recusou a baixar o nível da campanha no seu início, contrariando a orientação dos seus marqueteiros e da direção do PSDB e do PFL.

 Os cardeais neoliberais fizeram uma transformação tão profunda no Geraaaaaldo que ele ficou irreconhecível: grosseiro, prepotente, arrogante, mentiroso e mal educado. Caiu muito bem nele a alcunha de candidato de plástico, pois realmente foi bem  moldado nos sujos laboratórios do tucanato. Ele soube decorar bem o que lhe ensinaram e demonstrou ser realmente um bom discípulo de Joseph Goelbbles, o chefe da propaganda nazista que ensinava que uma mentira repetida mil vezes transformar-se-ia em verdade.

 O presidente Lula tentou por diversas vezes puxar o debate para a discussão das propostas de governo que, em tese, deveria ser o objetivo do debate. Contudo o candidato das elites ficou se repetindo, batendo na mesma tecla da origem do dinheiro para a compra do dossiê. Hipocritamente, ele fugiu da discussão sobre o conteúdo do tal dossiê, mas o presidente Lula mostrou que a máfia dos sanguessugas foi criada no desgoverno neoliberal,  sendo que, das prefeituras envolvidas, mais de 70% eram tucanas e pefelistas. Toda a sujeira começou com José Serra no Ministério da Saúde e depois com o seu sucessor, o também tucano Barjas Negri.

 Tenho dito e repito: falar em ética no ninho tucano-pefelista é o mesmo que falar em corda na casa de enforcado. Essa gente realmente não tem moral para acusar ninguém de corrupto, muito menos ao presidente Lula, pois foi no atual governo que mais se apurou e mais se puniu a corrupção em toda a história do Brasil. É só comparar os números. A corrupção neste País foi institucionalizada a partir do dia 19 de janeiro de 1995, quando o Coisa Ruim (FHC) assinou decreto extinguindo a Comissão Especial de Investigação (CEI), criada por Itamar Franco para apurar denúncias de corrupção em todos os escalões do governo federal.

 A partir de então, as portas da corrupção foram escancaradas e a sucessão de escândalos foi uma constante até o final de 2002. Segundo o jurista e professor da USP Modesto Carvalhosa, “No governo FHC a corrupção grassou de forma nunca antes vista”. Entre tantos escândalos de corrupção no período de 1995 a 2002, podemos citar o caso Sivam, o Proer, a Pasta Rosa, o vale-tudo da reeleição, a roubalheira no DNER,, o esquema dos precatórios, a doação aos bancos Marka e FonteCindam, , o caso do TRT de São Paulo, a roubalheira na Sudam e na Sudene, as imorais e criminosas “privatizações”- verdadeiros crimes de lesa pátria –  e as vergonhosas operações abafa. Como tinha uma maioria subserviente e servil no Congresso, o Coisa Ruim conseguiu abortar todas as CPIs que a oposição tentou instalar. Em São Paulo, Alkimim impediu que fossem instaladas nada menos de 69 CPIs, e agora vem falar em transparência. Pode haver hipocrisia maiaor?

Hoje, depois do Geraaaaldo, quem mais fala em ética é o senador Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB. Tasso quer saber a origem do dinheiro para comprar o dossiê, e todos os brasileiros também querem. Mas os cearenses querem também saber dele o destino do dinheiro da venda da Coelce (mais de R$ 1,3 bilhão incluindo os rendimentos); o destino do dinheiro da Teleceará; o destino de mais de R$ 900 milhões do BEC, que teve de ser federalizado e hoje pertence ao Bradesco; e também o destino dos R$ 6 bilhões que o Sr. Byron Queiroz, seu afilhado, torrou do Banco do Nordeste.

A elite brasileira sempre governou de costas para o povo, sempre foi arrogante, prepotente e nunca respeitou o povo. O desprezo pelo povo é tamanho que o desastre com o avião da Gol, o maior da aviação brasileira, que vitimou 154 vidas, inclusive oito pesquisadores,  causando um clamor nacional,  mereceu o seguinte comentário do presidente nacional do PSDB: “Isto não é bom para nós porque desvia o foco do dossiê”. Quanta desumanidade ! Quanta hipocrisia!

Apesar de todo o jogo sujo da direita conservadora e da mídia grande a seu serviço, a maioria dos brasileiros saberá escolher o melhor para o Brasil reelegendo o presidente Lula para o País avançar nas mudanças. Muitos erros foram cometidos nos últimos três anos e meio e precisam ser corrigidos. A vitória de Lula é a garantia da preservação do que restou do patrimônio público, como a Petrobrás, os Bancos do Brasil,  da Amazônia e do Nordeste, da Caixa Econômica, de Furnas, da Eletrobrás, dos Correios, da Base de Alcântara e da própria Amazônia. É a garantia da manutenção da política externa mais avançada que tivemos, enfim, a garantia de um Brasil soberano.