Senador Mercadante visita PCdoB/SP
O Senador Aloísio Mercadante (PT/SP) visitou a direção do PCdoB de São Paulo no último dia 8, sexta-feira. Foi recebido pela presidente do partido, Nádia Campeão, e vários dirigentes partidários. Durante du
Publicado 13/12/2006 23:54 | Editado 04/03/2020 17:19
Na reunião, Mercadante disse que a campanha foi positiva e só não alcançou o segundo turno por duas razões: a exploração pela mídia, nos últimos dias de campanha, do chamado escândalo do dossiê, e o desempenho baixo dos outros candidatos ao governo de São Paulo. Os 32% conquistados pela coligação ficou pouco abaixo da votação de Lula no Estado (38%).
Mercadante considera que a oposição ao governador eleito, José Serra, terá que ser qualificada e propositiva. Exigirá, segundo suas palavras, um empenho maior dos deputados oposicionistas na Assembléia Legislativa, para furar a blindagem com que a imprensa tem cercado as administrações tucanas em São Paulo.
No plano nacional, o senador se disse bastante otimista com o segundo mandato do governo Lula. Acredita que ele conseguirá formar uma ampla base de sustentação na Câmara Federal. No Senado, dado a composição diferente, Mercadante prevê uma composição mais complexa.
O senador faz coro com grande parte das forças políticas e sociais que consideram o desenvolvimento alto, sustentado e duradouro como o principal desafio do novo governo Lula. Mercadante considera que a equipe econômica do presidente terá que construir uma agenda desenvolvimentista que preserve o equilíbrio da economia.
Segundo Mercadante, o grande desafio é a definição das fontes de financiamento para o crescimento da economia. Para ele, o país precisa crescer e, ao mesmo tempo, aliviar o peso da carga tributária para estimular os investimentos privados. O senador sustenta que o Estado precisa ter gestão mais moderna e eficiente para melhorar a qualidade dos gastos públicos.
Para aumentar a capacidade de investimento público, principalmente em infra-estrutura, o senador petista avalia que, ao lado da diminuição dos gastos financeiros, via rebaixamento das taxas de juros, o governo precisará encontrar um ponto de equilíbrio para os gastos correntes (previdência e funcionalismo) e para a valorização do salário mínimo.
Por fim, Mercadante ressaltou o grande apreço que tem pelo PCdoB, elogiou o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, e o deputado federal Jamil Murad. Defendeu a presença do PCdoB no governo e reafirmou a opinião de que os comunistas jogaram papel decisivo no auge da crise que se abateu sobre o governo Lula.
Também participaram da reunião o deputado Nivaldo Santana, Júlia Rolland, presidente do partido na Capital, e os membros do secretariado estadual do PCdoB, Gilmar Tadeu, Eduardo Debrassi, Rovilson Brito e Zeca Pires.