O deputado estadual Nivaldo Santana fala sobre a tragédia das obras do metrô

Os especialistas avançam para um consenso segundo o qual o maior erro da construção da linha 4 do Metrô foi o modelo adotado, conhecido como “porteira fechada”, onde o consórcio de empreiteiras se responsabiliza integralmente pelo projeto, pela execução e

1- Nivaldo Santana, na sua opinião, qual foi o erro central do governo do estado na questão da linha 4 do metrô?


Os especialistas avançam para um consenso segundo o qual o maior erro da construção da linha 4 do Metrô foi o modelo adotado, conhecido como “porteira fechada”, onde o consórcio de empreiteiras se responsabiliza integralmente pelo projeto, pela execução e pela fiscalização da obra. Com isso, o poder público abdica de um dever essencial que é monitorar toda a obra, do projeto à conclusão.


2- Os termos do contrato representam uma exceção ou uma regra na postura que o governo do PSDB adotou no trato de obras públicas?


Os contratos da linha 4 são diferentes de todos os anteriores das obras do Metrô, afastam os técnicos da empresa em setores chaves e representam a visão privatista de dar todas as facilidades para grupos privados em detrimento do interesse público.


3 – Qual deveria ser a medida do atual governo em relação à tragédia ocorrida e acerca do consórcio contratado?


Além do completo e imediato ressarcimento dos familiares das vítimas, o governo do Estado deveria embargar a obra até a completa apuração das causas e responsabilidades do desmoronamento. Nessa linha, seria necessário rever os termos do contrato e mobilizar os técnicos do Metrô, do IPT, professores universitários e especialistas para definir os novos parâmetros de construção de obras de tal magnitude e complexidade. Garantir a segurança dos trabalhadores, moradores das vizinhanças e usuários de vias por onde passam os túneis deve ser a primeira preocupação.