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Sorrentino critica espontaneísmo e defende o fortalecimento do PCdoB

Na manhã desta terça-feira, dia 30, durante 5º Encontro Nacional de Professores da Escola Nacional, Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização chamou a atenção para a necessidade de fazer do PCdoB um partido ainda mais robusto num período ca

Por volta das 8h40 da manhã, o auditório do centro de convenções Santa Mônica, incrustado no pé da serra da Cantareira, em Guarulhos, já estava cheio para ver a aula de Walter Sorrentino, secretário nacional de Organização do PCdoB. Começou assim o segundo dia do 5º Encontro Nacional de Professores da Escola Nacional do partido, que se estende até a próxima sexta-feira, dia 2.




O tema abordado pelo dirigente – Partido para o período de acumulação de forças – trouxe à tona uma série de questionamentos sobre o atual momento vivido pelo PCdoB. O centro dos debates girou em torno de três questões-chave: a articulação dialética das linhas de acumulação estratégica de forças para o caráter do partido e seu papel atual; a integração plena nas disputas políticas e seus efeitos sobre as questões da estruturação partidária e a importância da formação dos quadros partidários. O objetivo deve ser tornar o PCdoB mais robusto para o período atual, caracterizado pela acumulação revolucionária e prolongada de forças, e fazer frente às pressões tendentes a descaracterizar o partido.




Neste sentido, Sorrentino destacou as três linhas que possibilitam essa acumulação estratégica: a intensificação da intervenção política do PCdoB; a luta de idéias que, conforme explicou o dirigente, deve estar “voltada ao desenvolvimento do marxismo nas condições próprias do nosso tempo” e a inserção permanente na organização e mobilização do movimento social, sobretudo do proletariado. Fator importante para o sucesso destas três linhas é, segundo Sorrentino, “a superação do espontaneísmo na construção partidária, com planos de intervenção concretos envolvendo todas as frentes, de maneira inter-relacionada”.




No que diz respeito à formação dos comunistas, Sorrentino salientou que é necessário preparar quadros que consigam lidar com as contradições da atualidade marcada pela necessidade de se forjar um “um partido de rupturas revolucionárias num tempo onde isso não está colocado como possibilidade imediata”.




Hoje, o PCdoB tem 70 mil militantes, 190 mil filiados, espalhados por 1.500 municípios, todos com mais de 100 mil habitantes. É também uma das principais forças do movimento estudantil e sindical, participa do governo Lula, preside a Câmara dos Deputados, está à frente de prefeituras e participa de governos municipais e estaduais. “No entanto, representa proporcionalmente apenas 2,13% do eleitorado. Com uma tática mais arrojada, alcançou 7,5% ao Senado, 32% dos votos dos estados onde disputou”, disse Sorrentino, salientando as potencialidades da legenda.




Dentro do que o dirigente chamou de “objetivos nacionais condensados”, estão pontos como a construção, desde já, de um projeto político-eleitoral avançado para 2008, como vetor que centralize a perspectiva política de fortalecimento partidário; a realização de uma campanha de crescimento e valorização da militância, tendo na implantação efetiva da Carteira Nacional de Militante um instrumento central; promoção de um novo marco de investimentos na comunicação partidária para se chegar mais amplamente ao povo e a capacitação massiva e intensiva de quadros intermediários no ano de 2007 por meio da Escola Nacional.





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