Osmar Júnior fala sobre a responsabilidade de participar da CPI dos Aeroportos
Dos 13 deputados que compõem a bancada federal do PCdoB, coube a Osmar Júnior a tarefa de representar o partido na CPI dos Aeroportos, que deverá ser instalada na tarde desta quinta-feira (3). Uma missão que, segundo ele, é desvantajosa para quem é govern
Publicado 03/05/2007 14:25 | Editado 04/03/2020 17:02
Em Brasília, Osmar Júnior recebe hoje as primeiras instruções de procedimento. Ele foi comunicado às 15 h de ontem, por telefone, pelo líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), que integraria a CPI dos Aeroportos. “Aceitei imediatamente. Cada deputado do partido tem uma tarefa a cumprir”, explicou.
Com 27 anos de militância partidária, mas no exercício do primeiro mandato, o deputado não vê demérito algum para os correligionários mais antigos ter sido justamente ele o escolhido. “Nossa bancada é pequena. Somos apenas 13. Nos reunimos toda terça-feira no comitê central para designar atribuições”, explica como se mobiliza o PCdoB na Câmara dos Deputados.
A regra geral para a base do governo, com 16 dos 24 membros, será atuar coesa, sem permitir que a oposição tome o controle das investigações. Nada melhor do que ficar, nesse caso, com a presidência e a relatoria.
Nada a esconder – Osmar Júnior diz ter “duas certezas” para o bom andamento dos trabalhos: 1) as investigações precisam esclarecer, de fato, que problemas levaram à crise do tráfego aéreo, desencadeada com a queda de um avião da Gol no dia 29 de setembro do ano passado, após o choque com um jatinho que voava na mesma rota, mas em sentido contrário a Manaus-Brasília; 2) a CPI não pode se tornar um “palco para disputas políticas”.
“Caberá a nós (governistas) não esconder nada. Particularmente, não quero que vire apenas um bate-boca político. Se for assim, ficará no nada. E a sociedade quer respostas”, observa Osmar Júnior. E há o que esconder? Uma resposta cautelosa: “Não sei.”
A CPI dos Aeroportos terá duração de quatro meses, podendo ser prorrogada por mais dois. Outro deputado pelo Estado do Piauí participará das investigações: Paes Landim, indicado pelo PTB. O peemedebista Marcelo Castro (PI) é cotado para assumir a presidência.
Por Mauro Sampaio
Originalmente publicado no Acesse Piauí