Governo da Bahia capacita jovens para o mercado de trabalho

Representantes de 24 organizações (entre empresas e instituições educacionais) participaram nesta segunda-feira (28/5), de uma reunião de sensibilização do Programa Escola de Fábrica, na Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). A Secretar

O objetivo do programa é capacitar jovens de baixa renda, com idade entre 16 e 24 anos, que estejam cursando regularmente o ensino básico ou a Educação de Jovens e Adultos (EJA), visando incluí-los de forma digna e profissional no mercado do trabalho. As aulas acontecem – pelo período mínimo de oito meses para turmas de no máximo 20 alunos – no ambiente de trabalho das empresas. E cada jovem recebe uma bolsa-auxílio mensal de R$ 150 enquanto durar o curso.



Segundo o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, a qualificação está no eixo central da atuação da Setre. De acordo com ele, uma forma de enfrentar a questão do desemprego no Estado é lançando mão de programas setoriais relacionados ao primeiro emprego, como o Juventude Cidadã e o Escola de Fábrica.


 


Na Bahia 40% do total de desempregados são jovens de 18 a 24 anos, e, em 2005, cerca de 80% deles ainda cursavam o ensino fundamental ou médio. Os dados demonstram a importância do Programa Escola de Fábrica que envolve na parceria o MEC, as unidades gestora (instituição sem fins lucrativos), certificadora (instituição educacional parceira ou contratada pela unidade gestora) e formadora (empresa).



Experiência no interior


 


O diretor-superintendente da Savon, Gabriel Eustáquio de Rezende, relatou a experiência desenvolvida na fábrica do município de Feira de Santana. Juntamente com o Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (Ceteb) e outros parceiros, o programa apresentou resultados positivos: dos 20 jovens selecionados em comunidades vizinhas da indústria, 18 concluíram a formação e 60% deles estão empregados.



Um dos jovens beneficiados é Marcelo dos Santos Ramos, que considera o projeto fantástico. “Eu estava concluindo o 2º grau e não tinha perspectiva de trabalho, quando surgiu a oportunidade de fazer o curso”, conta. Marcelo diz que o Ceteb participou ativamente e os professores nem pareciam que eram voluntários. No decorrer da formação, onde aprendeu os segredos do fabrico de detergentes em pó, ele acabou descobrindo outro talento e planeja estudar Jornalismo.