Mulheres comemoram o dia da mulher negra latino-americana e caribenha

No dia 25, dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Fórum de Mulheres Negras do Rio de Janeiro, com o apoio do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim/RJ), realizou em sua sede uma série de atividades em comemoração à data.

O objetivo do encontro foi ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras do estado e construir estratégias contra o racismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades.



Participaram das atividades diversas entidades, como a União Brasileira de Mulheres, a Unegro, o Movimento Negro Unificado, entre outras. Foi montada uma feira de artesanato, com oficina de estética negra e culinária. Houve também exposição de fotos e a apresentação do grupo Filhos de Ghandi.



História



A data foi criada em 1992, ao ser realizado o Primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, capital da República Dominicana. As mulheres ali reunidas determinaram que o 25 de julho seria, a cada ano, lembrado como um símbolo da resistência e das lutas das mulheres negras. Desde então, a data representa um marco internacional de luta e resistência da Mulher Negra.



Índices desiguais



No Rio de Janeiro, a população negra ou parda, segundo dados de 2000, representa 44,6%. A distribuição segundo o sexo e a raça era 22,7% de mulheres pretas ou pardas e 21,9% de homens pretos ou pardos.


Do total de famílias existentes no Estado do Rio de Janeiro no ano 2000, 33,2% era chefiada por uma mulher. Entre as famílias chefiadas por mulheres brancas, 66,6% tinham uma renda per capita de mais de dois salários mínimos. Já 40,1% das famílias de mulheres negras ou pardas viviam com uma renda de até a metade de um salário mínimo.