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Bossa nova se torna patrimônio cultural do Rio de Janeiro

O samba já teve a sua vez, agora é a hora da bossa nova. O ritmo foi tombado pela prefeitura do Rio como patrimônio cultural. A notícia faz parte do início das comemorações pelos 50 anos da bossa nova.

A festa é baseada no lançamento da gravação de Elizete Cardoso de Canção do Amor Demais, com poesia de Vinicius de Moraes, regência de Tom Jobim, e, no violão, João Gilberto, em 1958. No mesmo ano, João lançou Chega de Saudade no disco 78 Rotações.



“Acho ótimo e importante que isso tenha acontecido. Foi um movimento fundamental para a música brasileira e, até hoje, influencia muitos criadores e compositores, além de ser um passaporte fantástico para nossa música lá fora”, respalda o cantor e compositor Francis Hime que, confessa, na época, não imaginava que a coisa fosse tão longe.



Comemoração até no Japão



Um dos criadores do movimento da bossa nova, Roberto Menescal conta que a festa já começou mundo afora. “Essa notícia vem a se juntar a outras comemorações que a gente está fazendo pelo mundo inteiro”, diz o cantor, que embarca semana que vem para um show especial no Japão.



“Nos anos 90, o prefeito nos propôs um espaço para que criássemos a Casa da Bossa Nova, uma espécie de museu e casa de shows. A gente se empolgou, mas não somos administradores e, culpa nossa, não levamos adiante”, lembra, citando uma frase de Tom Jobim ao ser perguntado sobre a idéia: “Ele disse: ‘dou todo o apoio, desde que não tenha que fazer nada”.



Ano que vem, os ícones do ritmo pretendem transformar o aniversário de Tom, dia 25 de janeiro, no Dia Nacional da Bossa Nova. O projeto já foi aprovado no congresso e agora segue para o Senado. A idéia é que um grande show na data reúna as gerações da bossa-nova. 



Fonte: G1