Comissão de Inquérito e Processante retoma investigação contra Berger

Novas repercussões do caso Moeda Verde voltam a sangrar o governo Dario Berger (PMDB), sob suspeita de favorecer grande empresário do ramo hoteleiro na proposição da Lei dos Hotéis. A Câmara Municipal retomou as investigações acerca do prefeito e pode ped

A Comissão de Inquérito e Processante da Câmara Municipal teve os trabalhos suspensos há dois meses, desde que o presidente da casa, Ptolomeu Bittencourt Junior (DEM), colocou em votação o parecer preliminar, que pedia a continuidade das investigações. A decisão do presidente contrariava o decreto 201 de 1967, que regra o funcionamento da comissão, e favorecia a base governista, que tinha oportunidade de derrubar o relatório e sepultar de vez as investigações. Ela voltou à ativa depois que o juiz Domingos Paludo, da Vara da Fazenda da Capital, acatou recurso do vereador Jaime Tonelo, também do DEM, questionando a votação em plenário.
 
A polêmica fez com que parlamentares contrários à votação do parecer preliminar deixassem o plenário durante todas as sessões que se seguiram, impedindo quórum para votação. 'A decisão da justiça apenas confirma a posição que defendemos. Ninguém quer fazer juízo prévio, mas é preciso investigar, sob pena da administração municipal permanecer manchada para sempre', opina a vereadora Angela Albino (PCdoB).
 
A vereadora também lamentou que o prefeito Dário Berger tenha nomeado o ex-vereador Michel Curi, um dos personagens principais do episódio da Lei dos Hotéis, à secretaria de Assuntos Institucionais. Curi foi flagrado pela Polícia Federal em conversa telefônica com o próprio prefeito debatendo mudanças na lei da hotelaria.