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Empresários querem a Venezuela no Mercosul

Cerca de 50 empresários ligados à Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria, defenderam, nesta terça-feira (16), no Congresso, a aprovação do protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. O texto com o parecer favorável do deputado Dr. Rosi

Liderados pelo presidente da entidade, José Francisco Fonseca Marcondes Neto, os empresários estiveram com os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, o interino Tião Vianna (PT-AC), a quem entregaram um documento firmado por representantes de várias empresas e indústrias das regiões norte e nordeste.



O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que acompanhou os dirigentes empresariais, disse que não vê dificuldades na aprovação do ingresso da Venezuela no Mercosul, porque se trata de assunto de interesse dos dois países. ''A integração é de dois povos, e não de dois presidentes.''



De acordo com Dr. Rosinha, menos de 1% dos empresários brasileiros são contrários ao ingresso da Venezuela ao bloco.



Para Aldo e Rosinha, a aprovação sairá ainda neste ano.



Facilidades



Aos presidentes da Câmara e do Senado, Marcondes Neto destacou que a adesão da Venezuela vai ajudar a reduzir uma série de barreiras alfandegárias, além de facilitar pagamentos e negociações entre os dois países, incrementando o comércio.



De acordo com ele ainda, entre os estados do Norte e Nordeste, o Amazonas é o que mantém relação comercial mais intensa com a Venezuela, seguido por Bahia, Pará e Roraima. Ele afirmou que o volume de comércio entre Brasil e Venezuela é de US$4,5 bilhões e deve ultrapassar os US$4,8 bilhões em 2007.



O primeiro compromisso dos empresários foi com o presidente interino do Senado, Tião Vianna. Vianna afirmou que apoia o ingresso da Venezuela ao Mercosul e que fará todo o possível para que o acordo seja aprovado.



Arlindo Chinaglia também defendeu a adesão da Venezuela ao Mercosul e afirmou que os episódios envolvendo críticas do presidente Hugo Chávez ao parlamento brasileiro não têm relação com os trabalhos que o Congresso deve realizar sobre o tratado.



Aldo Rebelo explicou que o Mercosul só terá papel significativo para essas regiões se a Venezuela foi integrada plenamente, lembrando que o protocolo prevê o ingresso de uma nação soberana e não de um governo.  Ele também destacou que os interesses econômicos e comerciais entre os dois países e a América do Sul são mais importantes que disputas políticas.
 


Após aprovado na Comissão de relações Exteriores, o texto ainda será submetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ao Plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.



De Brasília
Com agências