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Madeireiros fazem cerco a 8 ativistas do PA, diz Greenpeace

Centenas de moradores de uma pequena cidade no Pará, incluindo dezenas de madeireiros com caminhões, carros e motos, fizeram nesta quarta-feira (17) um cerco a oito ativistas do Greenpeace na sede local do Ibama, a 700 km sudoeste de Altamira, segundo o m

“A situação está muito tensa”, disse André Muggiati, do grupo ambiental, por telefone de Manaus. “Nossa equipe não pode sair porque não há segurança.”


 


A polícia de Altamira não atendeu aos telefonemas para falar do caso.


 


Os madeireiros exigem que o Greenpeace deixe para trás um tronco de árvore de 13 metros que estava levando para uma exposição sobre o aquecimento global em São Paulo e no Rio de Janeiro.


 


Cerca de 30 madeireiros no povoado de Castelo dos Sonhos, município de Altamira, bloquearam o comboio do Greenpeace na terça-feira com dois caminhões, obrigando os ambientalistas a buscar refúgio no escritório do Ibama.


 


O incidente, o segundo em quase dois meses relacionado ao Greenpeace na Amazônia, destaca a violência que costuma marcar conflitos em torno dos recursos naturais, envolvendo proprietários de terra e madeireiros de um lado e agricultores e índios do outro.


 


“A árvore, queimada ilegalmente em terras públicas no oeste do Pará, simboliza a rápida destruição da Amazônia e seria exibida … para chamar a atenção da população sobre a necessidade urgente de zerar o desmatamento na Amazônia e, assim, contribuir para reduzir as emissões brasileiras de gases que provocam o aquecimento global”, disse o Greenpeace em um comunicado.


 


O governo federal cancelou na quarta-feira a autorização que tinha dado para o transporte do tronco, disse Muggiati. “Eles cederam à pressão dos madeireiros.”


 


Policiais e soldados protegiam a sede do Ibama, mas ninguém garantia a segurança dos ativistas do lado de fora, disse uma representante do Greenpeace.


 


Soldados patrulham a área desde o assassinato da freira norte-americana Dorothy Stang, em 2005, por pistoleiros.