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Moradores protestam contra operações da polícia no RJ

Uma operação policial na favela da Coréia, em Senador Camará (zona oeste do Rio), deixou 12 pessoas mortas nesta quarta-feira (17), segundo informações do governo do Estado. Entre os mortos estão uma criança de 4 anos e um policial civil. As outras vít

Durante a operação, outros três policiais ficaram feridos, entre eles o delegado-titular da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), Rodrigo de Oliveira, que sofreu um tiro de raspão no pescoço. Cerca de 300 policiais participaram da ação.


 


De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública), 11 pessoas foram presas durante a operação, que terminou por volta das 16h30. Foram apreendidos cinco fuzis, quatro granadas, seis pistolas, uma metralhadora, munição, quatro celulares, quatro radiotransmissores, além de maconha e cocaína –que ainda não foram contabilizados.


 


O objetivo da operação seria prender criminosos e apreender armas nas favelas da Coréia e do Taquaral. Os confrontos começaram com a chegada dos policiais civis à região. Além dos tiros, explosões de granadas foram ouvidas.


 


Criança na linha de tiro


 


Parte das armas –alguns dos fuzis e granadas– foram localizados em uma casa improvisada na favela da Coréia. O local fica em frente à casa do menino Jorge Kauã Silva de Lacerda, 4. Ele foi atingido na região do tórax durante a troca de tiros entre policiais e traficantes. O garoto chegou a ser socorrido ao Hospital Albert Schweitzer, mas chegou morto à unidade.


 


Ainda não há confirmação se o tiro que atingiu a criança partiu de arma da polícia ou dos criminosos. Para protestar contra a morte da criança e as operações da polícia, moradores da favela queimaram um ônibus na região.


 


O governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou que as operações policiais continuarão sendo realizadas e que a Secretaria da Segurança tem seu incentivo para que mantenha ações planejadas e que evitem a morte de pessoas inocentes.