Ato em Brasília pede transparência nas concessões de radiodifusão
A democracia e transparência nas concessões de rádio e TV foi o tema do ato-lúdico-político-cultural realizado neste domingo (28) pelas entidades formadoras da Rede pela Democratização da Comunicação do Distrito Federal (RDC). Grupos culturais de Brasí
Publicado 29/10/2007 14:02
O ato dá continuidade à Campanha “Concessão de Rádio e TV: quem manda é você”, encampada nacionalmente pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). A abertura da Campanha em Brasília foi no início do mês – dia quatro de outubro, com um ato teatral em frente ao Ministério das Comunicações.
Já no dia seguinte, quando venceram as concessões das emissoras próprias e afiliadas da Rede Globo, Bandeirantes, Record e CNT/Gazeta, mais 17 capitais brasileiras se manifestaram contra o atual modelo de concessões e outorgas de TV e Rádio do Brasil.
“Em vez de mostrar a diversidade deste País continental e colocar em debate público os grandes problemas da Nação, o que se vê é a presença quase exclusiva de entretenimento e programação de baixa qualidade com o objetivo exclusivo de obtenção do lucro e não de informar e mostrar os vários pontos de vista sobre os grandes temas em questão”, explica o documento da RDC.
O ato fechou as atividades da Semana pela Democratização do DF. A semana teve inicio com o seminário “Questão Agrária e Mídia”, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nos dias 20 e 21 e ainda permanece com atividades em Brasília questionando a falta de democracia na comunicação brasileira.
Mídia democrática
Durante toda a semana houve exibição de vídeos dentro da programação do “Cineclube mídia democrática e popular”, com debates sobre os modos de se praticar uma comunicação livre e comunitária. Entre os vídeos exibidos, foi mostrado Manual de Rádios Livres, que mostrou a realidade do Movimento de Rádios Livres, além da repressão do Ministério das Comunicações a quem pratica esse tipo de mídia. A discussão do conceito de rádio livre e entrevistas com vários coletivos de rádios são contemplados.
Também foram exibidos Lutar Sempre, um filme de construção coletiva de militantes do MST e da Via Campesina. O vídeo ultrapassa os limites do mero registro e constitui um instrumento de formação e politização da luta dos trabalhadores. Os protagonistas são os 17.500 trabalhadores e trabalhadoras que estiveram presentes e construíram o 5º Congresso Nacional do MST.
Foi ainda exibido o vídeo Grito dos Excluídos 2006, que mostra as imagens feitas durante a construção e realização do Grito dos Excluídos de 2006 no DF em que se pedia democracia participativa e autonomia dos movimentos sociais. E desmente a grande mídia que costuma encarar as manifestações como atos de baderna e seus temas como desimportantes para o Brasil.
A programação da semana incluiu ainda panfletagem e debate sobre a mídia no DF com objetivo de popularizar e ampliar o debate sobre as concessões de rádio e TV no Brasil.
Fonte: MST