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Relatório do TSE denuncia fraudes no PV. Sirkis é um dos envolvidos

O TSE recebeu novo relatório recomendando a rejeição das contas do PV, referentes a 2005, em função de fraudes e irregularidades praticadas por dirigentes do partido, confirmando os resultados de duas auditorias anteriores. O exame das contas inclui ir

A nova auditoria mostra que também estão diretamente envolvidos nas irregularidades o presidente nacional, José Luiz Penna, que desde 1999 dirige o partido, e o então secretário de Finanças, Eduardo Brandão Cavalcanti, recentemente substituído no cargo e que assumiu a Secretaria de Assuntos Parlamentares.



Desde que as contas começaram a ser examinadas pelos técnicos do TSE, a direção nacional do PV enviou sucessivas explicações, que não foram aceitas, e o terceiro relatório dos auditores, em caráter conclusivo, já foi encaminhado ao relator, ministro Caputo Bastos, para decisão no plenário do tribunal, com previsão de entrar em pauta já nas próximas sessões. A rejeição das contas causará automaticamente a suspensão dos repasses do Fundo Partidário, que são de aproximadamente R$ 3 milhões por ano.



Foi constatado, por exemplo, um repasse ilegal de cerca de R$ 30 mil para o Diretório Municipal do Rio de Janeiro, promovido a pedido do presidente regional Alfredo Sirkis, que solicitou os recursos e depois cobrou da direção o envio do dinheiro. A auditoria do TSE mostra que Sirkis foi atendido, apesar de existir sentença judicial da 1ª Zona Eleitoral determinando expressamente a suspensão de repasses do Fundo Partidário àquele diretório.



Reincidência



Em 1998, quando era presidente nacional do partido, as contas de Sirkis já tinham sido rejeitadas pelo TSE, que penalizou a legenda com a suspensão das cotas do Fundo Partidário.


Em seu parecer rejeitando as contas do PV na gestão de Sirkis, o relator do TSE, ministro Cezar Peluso assinalou: ''Tenho por certo que o ora recorrente (Sirkis) prestou informações falsas para assegurar a aprovação de sua prestação de contas. Este fato demanda providências por parte do Ministério Público e da Receita Federal, órgãos competentes para apurar as irregularidades apontadas''.

Fonte: Tribuna da Imprensa