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Hamas renovará trégua se Israel parar ataques

A Resistência Islâmica palestina (Hamas)  reiterou nesta quarta-feira (19) sua oferta anterior de “trégua” ainda está de pé, caso Israel cesse de fazer invasões e ataques ao território de Gaza.

Ao mesmo tempo, o Hamas negou boatos de que estaria pressionando grupos palestinos no sentido de cessar o disparo de foguetes caseiros contra Israel.



A trégua foi novamente ofertada depois que a força aérea israelense matou 11 palestinos, nove deles do grupo de resistência Jihad Islâmica, inclusive seu comandante principal, no domingo à noite e na segunda-feira pela manhã.



O Jihad Islâmica, um grupo muito menor que o Hamas, tem sido responsabilizado pela maioria dos ataques desde que o Hamas tomou o controle de Gaza em junho passado, expulsando as forças leais a Mahmud Abbas, o presidente palestino e líder do partido Fatá.



“Nós manteremos nossa proposta original de trégua baseada em uma recíproca e no fim dos ataques dos dois lados”, afirmou Ghazi Hamad, um porta-voz do Hamas, à agência de notícias catariana al-Jazira.



“Nossa posição não mudou. Estamos prontos a realizar a trégua, mas Israel deve estar pronto também a se comprometer em cessar os ataques e assassinatos contra palestinos”, continuou.



Notícias anteriores sugeriam que Ismail Haniya, o primeiro-ministro do governo do Hamas baseado em Gaza, teria oferecido uma nova trégua por meio da mídia israelense, em uma conversa por telefone com Suleiman al-shafi, um jornalista israelense.



Al-Shafi disse à agência Associated Press que Haniya havia reclamado que os ataques de Israel teriam feito soçobrar suas tentativas de interromper os ataques palestinos com foguetes.



“Sempre tentei parar o lançamento de foguetes de todas as facções, especialmente da Jihad Islâmica, mas os assassinatos de Israel sempre me baixaram a guarda e fizeram fracassar todas as minhas tentativas”, teria dito Haniya a al-Shafi.



Do episódio, não está claro quem teria ligado para quem. Al-Shafi disse que foi Haniya, e que por isso não teria conseguido gravar a ligação. Já o Hamas afirma que foi o jornalista quem ligou.


 


Por outro lado, Mark Regev, o porta-voz do premiê israelense Ehud Olmert, afirmou que não haverão negociações enquanto o Hamas não reconhecer Israel, renunciar à violência e aceitar os tratados de paz já existantes.