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Roteiristas de Hollywood pedem boicote ao Oscar

Dois dos eventos cinematográficos mais glamourosos de Hollywood foram atingidos pela disputa trabalhista, a mais grave nas últimas duas décadas, envolvendo a indústria norte-americana do cinema.

O Sindicato de Roteiristas dos Estados Unidos na costa oeste proibiu que seus associados se inscrevam na premiação do Globo de Ouro, em 13 de janeiro, e do Oscar, em 24 de fevereiro.



A direção do grupo não concordou em assinar um acordo interino com a Academia, que permitiria que as inscrições fossem feitas. A decisão do Sindicato acirrou a disputa contratual entre os escritores e os estúdios de cinema e TV.



As negociações para pôr fim à greve, já em sua sétima semana, implodiram no dia 7 com uma troca de insultos que até agora não terminou.



Antes de encerrar as negociações, a aliança argumentou que os líderes do sindicato estavam querendo ganhar poder à custa de seus associados, enquanto os líderes acusaram a aliança de espalhar mentiras com o intuito de causar dúvidas e desunião do sindicato.



Agora, o sindicato dificultou a entrega do Oscar, a principal vitrine dos melhores filmes e dos melhores atores da indústria, assim como o Globo de Ouro, outro importante veículo promocional.



Em 1988, quando os roteiristas haviam realizado sua última greve, que durou cinco meses, o sindicato fez uma ação similar antes da entrega dos prêmios da Academia.


 


Enquanto a disputa recebe apoio do Sindicato de Atores de Cinema, que enfrenta sua própria negociação contratual no próximo ano, a participação de famosos convidados e apresentadores no Oscar seria afetada, diminuindo seu atrativo para os espectadores.