Messias Pontes – Radicalizar na busca da verdade (II)
A direita irracional vende-pátria (PSDB, DEMO, PPS e afins) e sua mídia conservadora, venal e golpista não dão trégua ao governo e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois estão dispostas a tudo para retornar ao poder central e assim poder comp
Publicado 20/02/2008 17:55 | Editado 04/03/2020 16:36
Somente no primeiro mês deste ano, a direita e sua grande mídia fabricaram nada menos que 11 “crises”, batendo sem dó nem piedade no governo, no presidente Lula e nos seus aliados. E ninguém tenha a ilusão de que essa irracionalidade da canalha neo-udenista seja amenizada e muito menos que tenha um fim. Isto é impossível, dado que é da sua própria natureza conspirar contra os trabalhadores e a soberania nacional, tendo a mentira como a sua principal arma. Essa gente não faz oposição ao presidente Lula, mas ao Brasil e aos brasileiros.
O resultado da última pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira 18, deixou a oposição de direita e sua mídia conservadora, venal e golpista transpirando ódio por todos os poros. Apesar da insistente campanha negativa, mais uma vez a maioria dos brasileiros mostrou que não se deixa mais pautar pelo engodo da mídia. A pesquisa apontou uma avaliação positiva do governo Lula subindo de 46,4% em outubro de 2007 para 52,7% neste mês de fevereiro; a aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula também oscilou positivamente, passando de 61,2% para 66,8%, a melhor avaliação desde dezembro de 2003.
Os articulistas e colunistas amestrados não se conformam com a reação da maioria dos brasileiros, antes tão dócil às suas manipulações. Esta foi mais uma fragorosa derrota da canalha neo-udenista, um verdadeiro direto no queijo que a deixou tonta, mas sem ainda levá-la a nocaute. Mesmo assim continuará tramando mais ainda, pois como afirmou o líder do DEMO na Câmara, deputado Rodrigo Maia, “o Lula não pode chegar em 2010 com toda essa popularidade”. O pior para a canalha neo-udenista e que lhe deixa louca é que o presidente Lula continua igual a clara de ovo: quanto mais batem, mais ele cresce.
Se o presidente Lula deixar de se pautar pela oposição liberal-conservadora e pela sua mídia e decidir partir para a ofensiva, certamente a sua popularidade há de aumentar, pois à medida que a canalha neo-udenista e sua mídia conservadora, venal e golpista vão se desmoralizando, mais o povo vai dizer que está ao seu lado. Da mesma maneira que a fabricada crise da febre amarela se dissipou, a dos cartões de crédito corporativo seguirá no mesmo rastro, embora essa gente insista em lhe dar uma sobre-vida.
Quem teve a oportunidade de assistir ao programa Roda Vida da última segunda-feira, na TV Cultura, pôde constatar que as denúncias contra o governo no tocante ao uso do cartão de crédito corporativo são totalmente inconsistentes. O ministro Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, provou que a mídia grande está prestando um grande desserviço ao Brasil e à democracia ao manipular a opinião pública com falsas informações. O ministro mostrou também, com muita clareza, que os jornalistas que o entrevistavam são totalmente desinformados ou agem de má fé.
O ministro Jorge Haje mostrou que as despesas com o cartão de crédito corporativo do governo Lula são bem inferiores ao do desgoverno tucano-pefelista, e que embora criado em 2001 pelo Coisa Ruim como uma das raras coisas boas que fez, somente no governo Lula é que tudo passou a ser feito com transparência, com qualquer pessoa tendo acesso aos dados no Portal da Transparência.
É imperioso massificar a informação de que os gastos no desgoverno tucano-pefelista em 2001 e 2002, aí incluindo o uso do cartão de crédito corporativo e as chamadas contas do tipo B, foram de R$ 213,6 milhões e R$ 233,2 milhões respectivamente, enquanto em 2003, primeiro ano do governo Lula, foram de R$ 145,1 milhões; em 2004 de R$ 145,9 milhões; em 2005 de R$ 125,4 milhões; e em 2006 de R$ 127,1 milhões.
No ano passado os gastos do governo federal com suprimento de fundos passou para R$ 176, 9 milhões em decorrência de fatos não verificados nos anos anteriores: os dois censos realizados pelo IBGE, a intensificação das ações da Polícia Federal e as ações de inteligência da Abin objetivando a segurança em todo o período dos jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro. Mesmo assim a média nos cinco anos do presidente Lula foi de R$ 143, 5 milhões, muito abaixo do que foi gasto no desgoverno neoliberal tucano-pefelista.
O ministro Jorge Haje deixou seus entrevistados numa verdadeira saia justa quando insinuou que eles não sabiam nem pesquisar no Portal da Transparência, e que este foi implantado somente no governo Lula em 2004, fato que também não sabiam. Observou o ministro que toda a despesa com o cartão corporativo no atual governo situa-se entre 0,002% e 0,004% da despesa total.
Tucanos e demos, artífices da maior corrupção já verificada no Brasil, bem ao estilo da velha canalha da UDN, querem passar para a sociedade que eles são os guardiões da ética, da moral e dos bons costumes. Os jornalistas Larissa Bortoni e Ronaldo de Moura, no livro O Mapa da Corrupção no Governo FHC não deixam margem para contestação.
As irregularidades nas campanhas tucanas são escandalosas. Anteontem a Receita Federal anunciou ter detectado R$ 476 mil em notas fiscais frias por uma empresa fantasma e por outra inidônea para o PSDB e para a campanha de José Serra à presidência da República em 2002. Isto levou a Receita a suspender a imunidade tributária dos tucanos e a autuar o PSDB em cerca de R$ 7 milhões.
É preciso que se divulgue ao máximo que no governo do tucano José Serra, em São Paulo, somente no ano passado foram gastos R$ 108 milhões com o cartão de crédito corporativo, portanto muito mais que o governo federal, já que é apenas um dos estados brasileiros. E lá tucanos e demos não querem que seja instalada uma CPI na Assembléia Legislativa Estadual para apurar possíveis irregularidades.
As forças democráticas, progressistas e patrióticas brasileiras precisam ir fundo na pesquisa sobre um suposto envolvimento, consciente ou não, do Coisa Ruim com as atividades criminosas da CIA, na década de 1960, através da Fundação Ford – um dos braços da agência de inteligência do império do Norte. Em plena ditadura militar, no seu período mais nebuloso, o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), criado e dirigido pelo ex-sociólogo, recebeu generosas doações da Fundação Ford, sendo a primeira de nada menos de R$ 145 mil. Será à toa que o ex-sociólogo sempre defendeu com tanta ênfase a tese do desenvolvimento na América Latina com dependência dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos?
Todos esses fatos têm de ser mostrado à exaustão, usando todos os meios possíveis – imprensa alternativa, Internet e mesmo os espaços que se possam furar em jornal, rádiose televisão, pois é preciso radicalizar na busca da verdade.
Messias Pontes é jornalista e colaborador do Vermelho/Ce