Para Inácio Arruda o momento é propício para redução da jornada de trabalho
Representantes de cerca de 100 sindicatos de trabalhadores, entre eles dirigentes cearenses das centrais, Força Sindical, CUT, CTB e UGT, estiveram reunidos na última sexta-feira (29/02), num café da manhã promovido pelo senador Inácio Arruda (PCdoB). O o
Publicado 04/03/2008 17:13 | Editado 04/03/2020 16:36
Para o senador, que fez a fala de abertura do evento, nunca, no Brasil, houve momento mais propício para a aprovação da redução da jornada de trabalho. ''A valorização do trabalho, o aumento no número de postos de serviço e a economia em crescimento, são elementos muito favoráveis à aprovação'', ressaltou.
''O maior inimigo da redução da jornada de trabalho é o desemprego'', explicou Inácio para uma platéia formada por, além de sindicalistas, representantes dos movimentos sociais e de bairros, lideranças estudantis, deputados e vereadores. Para a mídia e certos setores empresariais, reduzir a jornada de trabalho é conversa para sindicalista desocupado, é coisa de gente preguiçosa. Inácio discorda afirmando que esses, são argumentos grosseiros, rasteiros que não podem ser aceitos. ''O trabalhador dá um duro danado, precisa de um momento de folga para cuidar da família, ou para estudar, ou para se dedicar a uma arte. Todas as pessoas têm direito a um tempo para usufruir a vida'', garantiu.
Além do mais, segundo o senador autor do projeto, a redução da jornada vai provocar um impacto imediato na economia brasileira, pois vai gerar mais de dois milhões de empregos em todo o Brasil. Inácio, no entanto, lembra aos trabalhadores que a luta pela aprovação da PEC não é fácil. Para aprová-la na Câmara Federal serão necessários mais de 300 votos. Daí a importância da mobilização de todos os trabalhadores na realização de uma grande campanha, que envolva manifestações, uma marcha a Brasília e abaixo assinado. A idéia é conseguir um milhão de assinaturas.
Inácio finalizou dizendo: ''a responsabilidade de tocar a luta pela redução da jornada de trabalho é nossa. Vamos botar mais de 100 mil pessoas em Brasília para dizer que queremos a redução agora. O Brasil está precisando de mais gente trabalhando com menos tempo de trabalho'', concluiu.
Também fizeram uso da palavra, José de Freitas Uchoa, Secretário do Desenvolvimento Econômico de Fortaleza, Jerônimo Nascimento, presidente da CUT-Ceará, Eliana Gomes, vereadora de Fortaleza, Chico Lopes, deputado federal, Lula Morais, deputado estadual, Maria Andrade, vice-presidente nacional da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB, Aristides Ricardo, diretor da UGT e José Fernandes, presidente da Força Sindical.
Fonte: www.inacio.com.br