Maioria dos latinos descende de europeus e nativas, diz estudo
Resultados de um estudo genético realizado na América Latina sugere que a maioria dos latino-americanos descende de homens europeus e mulheres nativas ou africanas.
Os pesquisadores dizem que o trabalho proporciona a primeira descrição ampla de como
Publicado 22/03/2008 12:24
Mais de 300 indivíduos de 13 populações mestiças em sete países, do México ao Chile, tiveram seu genoma analisado no trabalho publicado no site PLos Genetics, e de que participaram acadêmicos de várias partes do mundo, inclusive da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Federal do Paraná.
A maioria dos latino-americanos pode identificar suas origens retrocedendo 13 gerações para chegar ao tempo dos conquistadores espanhóis, no século 16.
As conclusões a que chegaram os cientistas dão sustentação ao argumento histórico de que os colonizadores europeus dizimaram a população masculina nativa e se uniram a suas mulheres ou a escravas africanas.
O professor Andres Ruiz-Linares, da University College London, que liderou o estudo, disse que, apesar de muitas tentativas no passado de apagar os nativos americanos da história da América Latina, a nova pesquisa mostra que há continuidade genética substancial entre as populações pré e pós-colombianas.
Além de proporcionar uma visão do passado, os autores do estudo esperam que esta análise vá contribuir para a formulação de pesquisas com o objetivo de identificar genes para doenças que afetam, com freqüências diferentes, nativos americanos e europeus.
Até agora, os pesquisadores enfocaram populações de áreas habitadas principalmente por nativos e por europeus. A diversidade genética das populações nas regiões das Américas com ampla imigração africana ainda continua pouco explorada.
Fonte: BBC Brasil