Aposentados: uma luta permanente

A situação da maioria dos aposentados no Brasil é preocupante. Os proventos que recebem mensalmente são reduzidos a cada ano. Se for levada em conta uma situação que é comum, ou seja, o idoso tem mais problemas financeiros, pois gasta mais com planos de s

Esta é uma situação que não vem de agora. A previdência foi implementada no Brasil em meados da década de quarenta, no século passado. Numa primeira etapa, os valores recebidos pelos organismos governamentais eram mais do que suficientes para cobrir as despesas. Mas dezenas de anos depois o quadro mudou. E a previdência oficial tem um grande déficit, causado pela falta de pagamento da parte oficial, pelas fraudes, pelo envelhecimento dos trabalhadores e consequentemente, com os furos nos cálculos atuariais.


 


Há outros fatos, como a extensão da aposentadoria aos idosos e rurais, mesmo sem a contribuição necessária. Bem, um fato é concreto. Ou seja, o menos culpado pelo problema é o assalariado. Os entendidos no assunto apontam muitas falhas e alternativas. Mas não se consegue superar os problemas.


 


E agora está sendo usado um método de reajuste dos proventos dissociado dos valores aplicados ao salário minimo. Na Baixada Santista a questão levou aposentados a fazer reuniões, na busca de formas de protesto contra a situação.


 


Um ato está sendo organizado para acontecer no dia 22 de abril. É um começo. E uma categoria de forma isolada está inovando. Uma associação recém-fundada decidiu convocar seus representados, os metalúrgicos da região, para fazer uma campanha salarial. A repercussão na categoria tem sido muito interessante.


 


Os aposentados, nos dois casos sabem de certas limitações, das dificuldades que vão enfrentar. Mas sabem também que se não forem à luta, nada vão conseguir. Estão dando um belo exemplo que precisa ser discutido numa amplitude maior.E por certo isto vai acontecer, pois quase todas as entidades sindicais contam com departamentos e associações de aposentados. Logo, basta promover um encontro amplo e planos de luta vão sair do papel.
 


Uriel Villas Boas – CTB – Baixada Santista