Sem categoria

Dirigente olímpico condena interferência política no esporte

O presidente da Academia Olímpica Espanhola, Conrado Durántez, pediu nesta terça-feira (8) ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que se mostre mais ativo e no sentido de evitar que a política interfira na organização dos jogos olímpicos de verão em Pequi

''Devemos tratar por todos os meios de evitar que a política contamine os Jogos, todo o mundo busca notoriedade à custa deles'', advertiu Durántez, que teme que a importância da trajetória da tocha olímpica desapareça se o COI não se mostrar firme.



O dirigente espanhol, que está em Pequim para participar das reuniões da Assocaição de Comitês Nacionais e do COI, assinalou que jamais tinha visto problemas como os que têm surgido no trajeto da tocha olímpica.



''A chama sempre foi respeitada, porque é o símbolo mais respeitável, o símbolo mais vivo dos jogos. É lamentável o que se está passando nesta edição, assinalou em referência aos incidentes durante a passagem do fogo olímpico pela Europa''.



Durántez, também um especialista na história do olimpismo, disse que os ''atos lamentáveis'' para interromper a trajetória da tocha dão motivos para que grupos de ''terceira ou quarta ordem e forças sectárias procurem protagonizar ações quando se aproximar um evento semelhante''



''Nesse sentido, os dirigentes olímpicos devem ser taxativos. É a hora do esporte e os políticos se calam'', ensinou.



Com relação à possibilidade de que o caminho internacional da tocha seja eliminado em futuras edições, assinalou que isso seria um pequena derrota para o olimpismo mas, segundo sua opinião diante dos recentes acontecimentos, ''talvez não exista outro remédio''.



''É uma tristeza, a chama é um símbolo da paz, que por razões de segurança se anule o caminho da tocha não é a coisa mais adequada para um símbolo dessa importância'', disse.