Medo do desemprego atinge menor patamar desde 1996 no país
No primeiro trimestre deste ano, o medo do desemprego chegou ao menor patamar entre os brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta segunda-feira (7).
Publicado 08/04/2008 15:43
O item, abordado no Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), atingiu 111,7 pontos, no primeiro trimestre deste ano, sendo o maior da série histórica iniciada em 1996. Quanto maior o índice, maior a segurança do brasileiro.
A pesquisa foi realizada com 2.002 cidadãos de todo o país, entre 19 e 23 de março. O índice cresceu 1,1 ponto, na comparação com o período de outubro a dezembro do ano passado (110,6 pontos), e 11,1 pontos, na relação com o primeiro trimestre de 2007 (100,6).
Motivo da segurança
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país alcançou 8,7% no segundo mês do ano de 2008, recuando 1,2 p.p. em relação a fevereiro de 2007 (9,9%).
De acordo com a CNI, a segurança do profissional brasileiro é causada pelo crescimento no emprego e na renda. O mercado de trabalho deve continuar em alta em 2008, com índice de desemprego de 9%, ante 9,5% em 2007, segundo a confederação.
Mesmo com a segurança no emprego, os dados da CNI mostram ainda que 44% dos brasileiros acreditam que o desemprego vai aumentar, enquanto 33% crêem que vai diminuir e 23%, que não vai mudar.
Segurança e realidade
A segurança é importante para que você não se sinta a todo o momento ameaçado no ambiente de trabalho e diminua o próprio rendimento. Mas, em excesso, ela pode prejudicar. Imagine chegar ao trabalho e receber a notícia de que está demitido. Raiva, tristeza, angústia, decepção. Seja qual for o seu sentimento, nesse momento, você deve se controlar.
De acordo com a gerente de desenvolvimento organizacional da Caliper, Alessandra Moura, o profissional não deve expor opiniões emotivas nem agir por impulso, o que pode ser prejudicial para a carreira.
“Se tiver espaço, procure o gerente direto, que costuma ser o responsável pelas demissões, e peça explicação. Procure entender o motivo antes de reagir. Cuidado com o que diz, para não fechar uma porta no mercado de trabalho”.
Fonte: InfoMoney