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Oposição mantém obstrução e duas CPIs para disputa política

A CPI exclusiva do Senado foi instalada, no início da noite desta terça-feira (8), após a leitura do requerimento de criação da comissão. O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), reuniu-se durante toda a tarde com os líderes para discutir a r

Apesar dessa aparente vitória, os oposicionistas terão de enfrentar mais uma CPI dominada pela maioria governista, como revela a distribuição de forças proporcional ao tamanho das bancadas no Senado. Dos 11 integrantes da nova CPI, serão três do PMDB; três do bloco liderado pelo PT; um do PTB; um do PDT e três do bloco DEM-PSDB.
 


A presidência ficará com o partido majoritário, o PMDB. E a relatoria será indicada pelo peemedebista que presidir a comissão, provavelmente com a escolha de um petista. O PMDB e o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), acusam a oposição de quebrar o acordo que resultou na criação da CPI mista com a presidência ocupada pela tucana Marisa Serrano (MS).
 


Atropelos e atrasos



A criação da CPI exclusiva do Senado sobre cartões corporativos atropelou três outros pedidos de CPI que estavam na fila, o que também gerou protestos. Para a bancada governista, está claro que a oposição quer manter a disputa política com o governo na ausência de um projeto político para o país e a paralisação dos trabalhos legislativos para impedir o desenvolvimento do projeto do governo Lula.



Existem requerimentos protocolados para a instalação das seguintes CPIs do Senado: Petrobras, de Romeu Tuma (DEM-SP); Apagão Intelectual, de Cristovam Buarque (PDT-DF); e DNIT, de Mário Couto (PSDB-PA).
 


Os partidos terão o prazo de cinco sessões plenárias para indicarem os senadores que vão compor a CPI dos cartões e o presidente Garibaldi conclui o assunto com um protesto: “O debate está encaminhado no sentido de se ignorar o plenário. Propus acordo às lideranças para que não deixassem o plenário de lado, mas não aceitaram”, disse ele.
 


O Senado será dominado na próxima semana pela polêmica gerada por essa nova CPI, com dificuldades para a votação de medidas provisórias e projetos de lei.



De Brasília
Com agências