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Lula orienta aliados a combaterem 'terceiro mandato''

O presidente Lula rechaça a idéia de disputar um terceiro mandato e orienta seus aliados a bombardearem qualquer proposta nesse sentido, disse hoje no Senado, o senador Cristóvam Buarque que, juntamente com a bancada do PDT, esteve com Lula no fim da m

''O presidente Lula disse que essa proposta não existe, que ele não aceita, não quer e que se o PT o obrigar a encampar a idéia, ele deixa o PT'', contou Cristovam Buarque depois da primeira conversa mais longa que teve com o presidente desde que saiu do Ministério da Educação, em 2005.



''A gente pode se bater contra isso?'', perguntou Cristóvam, segundo relatou.


''Pode não, deve'', respondeu Lula, segundo ele.



''Nunca vi tanta ênfase. Lula foi absolutamente convincente. Por isso, para mim, terceiro mandato é assunto encerrado'', disse o senador. Ele disse que imaginava Lula sendo pressionado pelo PT a aceitar a idéia de disputar o terceiro mandato, mas, agora, considera isso impossível, diante da veemência do presidente em rejeitar a tese.



O encontro de Lula com a bancada do PDT foi organizada pelo ministro da Articulação Política, José Múcio Monteiro. O objetivo era o de reaproximar o partido, que tem cinco senadores, do governo. E, pelas declarações de senadores, o objetivo foi atingido.



''O Lula é um hipnotizador'', disse Cristóvam que se tornou um crítico sistemático do governo, especialmente, depois de ter disputado com com Lula a presidência em 2006. Segundo ele, Lula lembrou que o PT e PDT sempre estiveram do mesmo lado, apesar das diferenças. Ele lembrou que no tempo de Brizola, os dois partidos tinham rusgas, mas estavam sempre do mesmo lado. No segundo turno das eleições de 2006, Cristóvam ficou ao lado de Geraldo Alckmin, do PSDB.


 


Berzoini: pauta artificial


 


Nesta quarta-feira, o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, também comentou o assunto. Ele afirmou que a retomada da discussão em torno de um terceiro mandato consecutivo para Lula não está na agenda do partido. “É mais uma vez uma pauta artificial que não tem apoio nem do presidente Lula nem do PT”, afirmou Berzoini em entrevista concedida ao site Terra Magazine.


 


Ele negou a existência de qualquer conflito ente o partido e o presidente sobre o tema e classificou de “factóide político” a especulação em torno da suposta declaração de Lula durante reunião com parlamentares do PDT sobre a possibilidade de romper com o partido se houver insistência na tese do terceiro mandato.


 


“Nós não damos a menor importância nem à declaração em si, nem ao tema, porque não está na nossa pauta. (…) Nós somos contra, o presidente é contra e portanto não há nenhum tipo de dissenção nesse tema”, disse Berzoini, lembrando que a “amplíssima maioria” do PT rejeita a tese de mudar as regras para permitir uma nova reeleição. “O que há é um deputado do PT que tem dado declarações. E ele tem direito de fazer isso e está fazendo em nome próprio, pessoal”, frisou Berzoini.


 


Ele lembrou ainda que o PT, “do ponto de vista conceitual”, é favorável que haja apenas uma eleição. sem reeleição. “Mas sequer esse assunto estamos priorizando nesse momento, porque achamos que seria alterar novamente a regra do jogo no curso do processo, o que implicaria em alterar expectativas de governadores e prefeitos atuais que estão convivendo com uma regra que os permite sonhar com a reeleição. Os que estão no primeiro mandato. Então mudar no meio do jogo seria um grande equívoco”, disse.


 


Com informações do Blog de Cristiana Lôbo e do site do PT