Artigo: Os jogos olímpicos, a China, o Tibete e o dalai-lama

A vez agora de ocupar a mídia, nacional e internacional, é da China, sendo que aqui no Brasil, sem dar trégua ao cartão-corporativo e a ministra Dilma. Esses dois temas são pautas permanentes, hoje, da mídia nacional, capitaneada pela rede Globo e a pela

Esta história do Tibete é milenar. Após a revolução chinesa, a convivência entre a China Comunista e a região chinesa do Tibete é excelente, inclusive o 14º dalai-lama participou da primeira Assembléia Nacional Popular da China, foi um dos seus vice-presidentes participando ativamente da elaboração da primeira Constituição da República Popular da Chinesa. Os tibetanos gozam de liberdade religiosa e usufrui de todo o progresso ocorrido na China com a Revolução de 1947.



O problema com o atual dalai-lama, alguns monges e a aristocracia começa quando o governo popular chinês inicia o processo de modernização do Tibete através das reformas basilares para o surgimento de um novo Tibete, reformas que desagradou o dalai-lama e alguns monges até por que buliu nos privilégios que não eram espirituais e sim terrenos, foi à reforma democrática do Tibete, separando a religião do Estado, abolindo a servidão rural e a escravidão domestica e redistribuindo a propriedade das terras e dos rebanhos, monopolizada pela aristocracia civil e os mosteiros, desagradando os monges e a aristocracia (sic Humberto Alencar).   



Quando teve inicio esse movimento no Tibete eu liguei logo o problema aos jogos olímpicos, pensei com os meus botões, aí tem coisa, tem interesses outros por trás dessa história dos “direitos humanos” e da “independência” do Tibete. É do conhecimento público que o dalai-lama é financiado pelo governo norte-americano e a ONG “Repórteres Sem Fronteiras” é um instrumento a serviço da CIA.



Li um artigo de Cristóvão Feil, no jornal “Brasil de Fato”, com o titulo “O conflito tibetano é uma briga de brancos”, onde ele expõe com clareza, a relação entre a CIA, o dalai-lama e os tumultos que a partir de março vem ocorrendo no Tibete. Tudo faz crer, que essa crise vai se prolongar até as olimpíadas, se aguçando durante os jogos olímpicos. Nesse artigo Feil conta que segundo o portal Resistir.info, “em julho de 2007, a embaixada estadunidense na Índia patrocinou um encontro inusitado entre o líder temporal e religioso do Tibete, o dalai-lama, agentes da CIA e a sub-secretária de Estado dos EUA, a neoconservadora Paula Dobriansky. Nesta reunião, foi decidido que, nos primeiros meses de 2008, haveria uma grande marcha de exilados tibetanos numa grande cidade global, e protestos populares em território tibetano – o que efetivamente está ocorrendo no momento. Não é preciso dizer que toda essa estratégia tem um custo econômico, e esse custo é coberto pelo polpudo orçamento da CIA”.



O império do mau (EUA) continua a jogar a sua cizânia entre povos, sempre procurando impor a sua vontade e o seu domínio e é isto o que ocorrer hoje no Tibete. Pelos índices de qualidade de vida o povo tibetano viver hoje em um nível igual a qualquer país desenvolvido, faz parte da China, é uma província autônima.



A ONG “Repórteres Sem Fronteiras” é um instrumento que vem sendo utilizado de forma competente pela CIA na farsa da liberdade de expressão. Essa ONG recebe uma fortuna do governo dos Estados Unidos e executa o que a CIA planeja onde os interesses imperialistas estão sendo dificultados, tudo em nome da liberdade de expressão. O jornalista Marcelo Netto Rodrigues, do jornal Brasil de Fato, falando sobre o trabalho sujo dessa ONG disse, “Ninguém pense que o ativista que empunhou uma bandeira negra, com algemas no lugar dos tradicionais anéis olímpicos, durante a cerimônia de acendimento da tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim, na Grécia, o tenha feito por motivos nobres, em defesa dos “direitos humanos” e da chamada “liberdade de imprensa”, ele pertence a ONG Repórteres Sem Fronteira que é financiada pelo mesmo braço da CIA que patrocina há anos os exilados tibetanos sob o comando do dalai-lama, a National Endowment for Democracy (NED)”. Essa turma é fogo! Utilizam de forma competente os meios de comunicação. Mas, vão ter que engolir os Jogos Olímpicos de Pequim que promete ser o mais organizado de toda a história dos Jogos Olímpicos.


 


Antonio Capistrano é professor de História