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Brasil se destaca na luta contra a mortalidade infantil

O Brasil ocupa a segunda posição entre os dez países que mais conseguiram reduzir o número de mortes de crianças com menos de cinco anos desde 1990, de acordo com uma edição especial sobre as Metas do Desenvolvimento do Milênio preparada pela revista médi

O Brasil só ficou atrás do Peru na lista dos países que mais avançaram e vai precisar reduzir em apenas 0,6% a taxa de mortalidade infantil até 2015 para alcançar a meta.



O Brasil reduziu de 57 para 20 o número de mortes nessa faixa etária a cada mil nascimentos entre 1990 e 2006, uma diminuição de 65%. A meta do país para 2015 é reduzir para 19 o número de mortes a cada mil nascimentos.



A edição especial da “The Lancet” foi elaborada com base no relatório Contagem Regressiva para 2015 – Sobrevivência Infantil e Maternal, preparado por um grupo que monitora as medidas adotadas por 68 países para alcançar as Metas do Desenvolvimento do Milênio referentes ao assunto.



O Brasil também aparece em quarto lugar na lista dos dez países – entre os 68 analisados – com a mais baixa taxa de mortalidade materna – 110 em cada cem mil mulheres, nas estimativas mais recentes.



Em 2005, quando a contagem regressiva começou e o primeiro relatório foi preparado, o Brasil já apresentava condições para cumprir essas metas.



Ao todo, apenas 16 países mostram avanços indicando que podem alcançar a meta para reduzir a mortalidade infantil. O número representa menos de um quarto dos 68 países prioritários, nos quais ocorrem 97% das mortes infantis e maternas registradas em todo o mundo. Na análise do quadro de cada país, são levados em conta as taxas atuais de mortalidade infantil e materna, as causas das mortes, os fatores nutricionais e a presença e cobertura de programas de saúde voltados a áreas específicas como vacinação e atendimento pré-natal.



O grupo que prepara a contagem regressiva é formado por representantes da Organização Mundial da Saúde, Unicef e instituições de ensino médico.



Surpresas



No relatório desse ano, três países conseguiram pela primeira vez apresentar condições indicando que devem alcançar a meta de redução de mortalidade infantil – China, Haiti e Turcomenistão.



Enquanto grande parte dos países da África subsaariana teve pouco ou nenhum avanço, a Tanzânia obteve progresso considerável, surpreendendo os pesquisadores.



Devido a uma combinação de alto investimento público no setor de saúde e intervenções em áreas-chave como vacinação e distribuição de redes tratadas com inseticidas para prevenir a malária, o país conseguiu reduzir em 24% a taxa de mortalidade infantil entre 2000 e 2004.



Entre os países que menos avançaram e nos quais a taxa de mortalidade infantil na verdade aumentou estão Chade, Camarões, África do Sul, Congo, Zimbábue e Botsuana.



A Meta do Desenvolvimento do Milênio 4 estabelece que os países devem reduzir em dois terços o número de mortes infantis.



Já a Meta 5 estipula que os países devem reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna.



Fonte: BBC Brasil