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Campanha contra Pequim continua em Buenos Aires

A tocha olímpica chegou na noite de quinta-feira (10) a Buenos Aires e sairá às ruas hoje, carregada por mais de 80 personalidades escolhidas para participar do trajeto. A tocha tem sido alvo nos últimos dias de protestos violentos, provocados pelos segui

A chama olímpica, vinda da cidade de São Francisco (EUA), passou à noite em um local secreto. Dentre as personalidades que foram escolhidas para carregar a tocha estão o brasileiro campeão olímpico de vôlei de praia Emanuel e a ex-tenista Gabrielle Sabatini, que fechará o cortejo.



Segundo o diário argentino La Nacion, o craque Diego Armando Maradona não participará da cerimônia por não ter regressado ao país de sua viagem ao México, podendo ser substituído pelo windsurfista Carlos Espínola como o primeiro a carregar a tocha.



De acordo com a programação inicial, a caminhada terá início às 13h30m (de Brasília), e unirá a região de Puerto Madero com a Praça de Maio, local de históricas manifestações na capital platina contra a ditadura militar, em um percurso com 14km.



A largada será no anfiteatro Lola Mora, com direito a espetáculo de balé com Iñaki Urlezaga, fechando o périplo na hípica. A segurança ficará a cargo de quase cinco mil homens, entre colaboradores, policiais e militares da prefeitura naval, e cada participante percorrerá cerca de 200m.


 


A mídia informou nesta sexta-feira que os apoiadores dos separatistas realizarão ações contra a passagem da tocha no trajeto indicado. Cerca de cinco mil agentes das forças de segurança locais foram distribuídos pelo caminho para evitar a violência que tem caracterizado os protestos dos exilados tibetanos e de seus apoiadores contra os Jogos Olímpicos.


 


O protesto é ''organizado'' pelo obscuro grupo ''Caminho da tocha dos direitos humanos'' (em tradução livre), criado por seguidores da seita Falun Gong, criminalizada na China.



A Falun Gong, dentre outras jóias do seu pensamente religioso, proíbe que seus membros consultem ou se tratem com médicos. Isso levou a milhares de mortes na China, o que acabou precipitando na criminalização da seita.


 



Impasse é culpa do dalai lama



O vice-ministro do Departamento do Trabalho sobre a Frente Única do Comitê Central do Partido Comunista da China, Si Ta, declarou esta semana em Pequim que o dalai lama ''tem de suspender todas as atividades de violência, de interrupção e sabotagem aos Jogos Olímpicos de Pequim e de separação do país'' para criar condições de contatos e diálogo com o governo central da China.



Em coletiva à imprensa concedida pelo Conselho de Estado, Si apresentou a política fundamental do governo central em relação ao dalai lama, dizendo que a porta estará sempre aberta ao diálogo, desde que ele desista da idéia de ''independência'', cesse as atividades separatistas e reconheça publicamente que o Tibete e Taiwan são partes inseparáveis do território chinês.



O vice-ministro ponderou que a falta de progresso no diálogo se deve ao próprio dalai lama, e a razão essencial é a sua falta de sinceridade.