Sindicalistas lançam campanha em defesa da energia nuclear
Na próxima segunda-feira, dia 14 de abril, cerca de 100 dirigentes da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) visitarão as instalações da Usina Nuclear Angra 2, como parte das atividades do lançamento da campanha nacional em defesa do programa nu
Publicado 11/04/2008 19:42
Na opinião do presidente da CGTB, Antônio Neto, está mais do que claro que o país precisa diversificar o seu parque energético para sustentar o crescimento econômico do país.
Como os espaços geograficamente adequados para a construção de novas hidrelétricas – sem grandes danos ao meio-ambiente – estão se esgotando, as usinas nucleares se tornaram a melhor alternativa, tanto do ponto de vista de preservação da natureza quanto de economia, uma vez que as demais termoelétricas são altamente poluentes.
A construção de Angra 3 faz parte do Plano Decenal de Expansão de Energia Elétrica (2006/2015) do governo federal e prevê o acréscimo de 1.350 MW na capacidade instalada do país, o que representa um terço da energia consumida pelo estado do Rio de Janeiro.
No entanto, a Eletronuclear, estatal responsável pela execução do projeto, corre contra o tempo para que o empreendimento seja concluído até o prazo estipulado (2013), sem prejuízos para o crescimento econômico do país. Para isso, as obras precisam iniciar ainda este ano.
Debate nuclear
O debate sobre a importância da energia nuclear para o país foi aprofundado após o apagão de 2001 e, recentemente, com o lançamento do PAC, que prevê um crescimento econômico mais acelerado do país.
Para tanto, o governo federal estabeleceu metas para a construção de novas usinas, apostando na diversificação da planta para o fornecimento de energia não depender exclusivamente do ciclo de chuvas. Para sustentar um crescimento de 5,2%, o Brasil precisa acrescentar 5000 MW por ano na sua matriz energética.
Depois de um seminário realizado para debater o tema e de resolução aprovada em seu último Congresso, a CGTB se lança agora numa nova empreitada, que é a de unificar os mais diversos setores da sociedade na defesa da ampliação do parque de energia nuclear do país e da utilização plena de nossas reservas de urânio (a sexta maior reserva de urânio do mundo, estimada em 309 mil toneladas, suficiente para alimentar 32 usinas nucleares como Angra 3 durante toda sua vida útil).
Esta campanha será lançada oficialmente durante a reunião da direção nacional da CGTB que será realizada nos dias 14 e 15 de abril na cidade de Angra dos Reis (RJ).
Fonte: CGTB