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UNE: vitória na UnB é ponto para regulamentar fundações

A UNE divulgou nesta quinta-feira (10), nota sobre o afastamento do reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, por 60 dias, anunciado na manhã do mesmo dia. O vice-reitor da Universidade, Edgar Mamiya, ficará a frente da instituição. A

O afastamento é para “assegurar os princípios constitucionais da eficiência, publicidade, moralidade, impessoalidade, legalidade e transparência na apuração dos fatos a mim imputados”, disse o reitor, em comunicado. A decisão foi comemorada por professores e estudantes que participaram de uma assembléia a Associação dos Docentes da UnB (AdUnB) nesta manhã.


 


Segundo a vice-presidente regional da UNE no Distrito Federal, Claudia Maya, que faz parte da comissão de Negociação desde o primeiro dia de ocupação, a decisão de manter a ocupação se justifica pela reivindicação dos estudantes de afastamento do reitor e também do vice, uma das 18 pautas de reivindicações dos estudantes. Além disso, os estudantes só farão nova assembléia na segunda-feira (14), com o objetivo de avaliar as deliberações do Conselho Universitário que ocorre amanhã (11).


 


“Defendemos a aprovação de nossas reivindicações, que incluem mais democracia no que se refere a tomada de decisões na universidade através da paridade nos conselhos e na eleição pra reitor, contratação de professores, mais transparência com a abertura das contas das fundações, entre outras”, pontuou Cláudia.


 


De acordo com o diretor de Relações Internacionais da UNE, que acompanha a ocupação, Alcides dos Anjos Leitão (Jesus), “o movimento dos estudantes da UnB, precisa de vitórias concretas. Penso que a aprovação de alguns dos 18 pontos da pauta de reivindicações, na sexta-feira, pelo Conselho Universitário (Consuni), nos dará tal vitória, em especial o compromisso de realização do Congresso Estatuinte Paritário na universidade”.


 


Leia a íntegra da nota da UNE.


 



Vitória na UnB! Agora é seguir na luta em defesa da universidade pública!


 


A pauta das Fundações de Apoio não é novidade para o movimento estudantil brasileiro. Desde a década de 90 estas instituições cumprem o papel de captar financiamento, especialmente privado, para a Instituição. E a denúncia que o movimento faz a cada manifestação a respeito do tema, em todo o Brasil, é a mesma: a falta de transparência com que os recursos são geridos, uma vez que eles não têm de ser aprovados pelos Conselhos Universitários, como é o orçamento geral da Universidade.


 


Diante das denúncias apresentadas pelo Ministério Público contra o reitor da UnB, a UNE, desde o primeiro momento, lançou nota pedindo o afastamento do reitor até que o caso fosse apurado. Os estudantes da UnB fizeram diversas mobilizações, até que finalmente ocuparam a reitoria. A UNE vem participando da ocupação desde o princípio e considera uma vitória dos estudantes e da luta por transparência e responsabilidade com a universidade pública o afastamento do reitor Timothy Mulholland. Além do afastamento, a UNE apresenta outras pautas urgentes para o fortalecimento da universidade pública: por uma legislação que combata as fundações privadas e que garanta uma nova regulamentação para as fundações de apoio, a fim de efetivar o controle público sobre as mesmas; tanto por parte da comunidade acadêmica, como por parte do Poder Público. Exigimos também auditoria pública nas fundações de apoio em todo o país.


 


Dentre as pautas, priorizamos ainda a democracia nas universidades, tanto na escolha dos dirigentes quanto na composição dos conselhos deliberativos. Reivindicamos mais verbas para o ensino público, a fim de garantir a estrutura necessária à qualidade de ensino e à expansão do acesso ao ensino superior público com verbas públicas. E pautamos ainda a necessidade de Assistência Estudantil para garantir a permanência do estudante na universidade.


 


Todas estas pautas fazem parte do Dia Nacional de Lutas nas Federais que a UNE convoca em 17 de abril. Compartilhamos com os estudantes da UnB sua luta e sua vitória e seguimos firmes na luta em defesa universidade sempre pública.


 


– Contra as fundações privadas! Por controle público e por uma nova regulamentação
para as Fundações de Apoio. Auditoria Pública nas Fundações Já!
– Democracia! Eleições Diretas para reitor/a e paridade nos conselhos deliberativos;
– Mais verbas! Pelo fim da DRU e por 10% do PIB para a Educação
– Acesso e Permanência! Mais vagas públicas, reserva de vagas e Assist. Estudantil!