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Brasil sedia lançamento do Ano Internacional do Planeta Terra

Brasília foi palco do lançamento regional para América Latina e Caribe do Ano Internacional do Planeta Terra (AIPT). A iniciativa, patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU), quer divulgar, junto à sociedade, a importância das Ciências da Ter

O evento, aberto nesta quarta-feira (23), prossegue até quinta-feira (24), na Câmara dos Deputados, com exposição de fotos e desenho sobre a preservação da Terra e de dez painéis com debates entre cientistas e políticos brasileiros com estudiosos da América Latina. Cinco ministros participam dos debates: os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende; das Relações Exteriores, Celso Amorim; da Educação, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Marina Silva.



“O Brasil foi um dos primeiros países a aderir à iniciativa do AIPT, entre os 97 que a apoiaram inicialmente, e já tem atividades a ele relacionadas desde 25 de janeiro de 2007, com o lançamento público do Ano em São Paulo, na Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP), na inauguração da exposição sobre a Terra.



Responsabilidade consistente



O projeto do Ano Internacional do Planeta Terra foi apresentado conjuntamente pela União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) e a Organização para a Educação, Ciência e Cultura da ONU (Unesco), e proclamado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em sua reunião de dezembro de 2005, em Nova York, para ocorrer em 2008.



As atividades começaram a ser desenvolvidas entre janeiro de 2007 e dezembro de 2009. A Assembléia da ONU encorajou todos os Estados Membros do sistema das Nações Unidas a utilizarem o AIPT para intensificar a divulgação da importância das Ciências da Terra para o desenvolvimento sustentado e, nesse sentido, promoverem ações de caráter local, nacional, regional e internacional.



“Muitas decisões ficaram restritas à política e à diplomacia, sem que chegassem à população. Queremos agora divulgar o conhecimento da Ciência da Terra para que a responsabilidade sobre o nosso Planeta seja mais consistente em todos os níveis”, afirma Carlos Oití, presidente da IUGS.



Temas escolhidos



A ONU escolheu dez temas prioritários para pesquisa e divulgação: água subterrânea, megacidades, clima, da crosta ao núcleo da terra, desastres naturais, oceanos, recursos (naturais e energia), solos, terra e saúde e terra e vida.



Na Câmara dos Deputados, estão abertas a partir da terça-feira (22), duas exposições. O fotógrafo Carlos Oiti Berbert, que é o coordenador-geral das unidades de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia, expõe seus trabalhos no corredor de acesso aos plenários das comissões, no hall da Taquigrafia e nos espaços Mário Covas e do Servidor. No Espaço do Servidor, além das fotos de Carlos Oiti, há uma mostra de pôsteres e desenhos de estudantes.



O Espaço Cultural Zumbi dos Palmares abriu na terça-feira (15), na Fotogaleria do corredor de Acesso à Presidência a exposição “Cenários da Caatinga” composta por 14 fotografias com imagens do Bioma Caatinga. O objetivo da Exposição  é sensibilizar os parlamentares e o público em geral para a importância de promover a Conservação e o Uso Sustentável da Caatinga. As exposições estarão abertas até o início de maio.



O seminário técnico Planeta Terra em Nossas Mãos conta com a participação de representantes de diversos países da América Latina, e envolve os dez temas eleitos como prioritários para a humanidade neste século, levando em conta não só a sua influência direta nas populações como as suas debilidades para as gerações futuras: água subterrânea, mega-cidades, clima, crosta e núcleo terrestres, desastres naturais, oceanos, recursos naturais (minerais e energia), solos, terra e saúde e terra e vida.



Carta da Terra



A Carta da Terra –  declaração de princípios fundamentais para a construção de uma sociedade global no século 21, que seja justa, sustentável e pacífica – lançada em 1987 pela Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, alerta para o fato de que “continuamos a crescer, a destruir”.



O texto diz ainda que “os problemas da terra não são apenas ambientais, são também sociais. Temos todos o direito de viver e viver bem. É por isso que precisamos refletir, ou passaremos mais um dia da Terra sem consciência do mal que fazemos para o planeta. Devemos reconhecer que somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos gerar uma sociedade sustentável baseada no respeito à natureza e aos direitos humanos”.



De Brasília
Com agências