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Chávez convoca reunião da Alba para reforçar apoio à Bolívia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta terça-feira (22) que convocou uma reunião extraordinária da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) para esta quarta-feira porque a “Bolívia está a ponto de explodir”.

O líder comentou ainda que “é o império que quer que (a Bolívia) exploda e a direita fascista que quer a guerra”.



O vice-presidente de Cuba, Carlos Lage, desembarcou anda na terça-feira em Caracas. Estava prevista ainda para o mesmo dia a chegada do governante da Bolívia, Evo Morales, e para as primeiras horas desta quarta a de seu homólogo da Nicarágua, Daniel Ortega.



O encontro tem como objetivo discutir o que é possível fazer “de fora” para se apoiar a democracia boliviana, segundo o chefe de Estado venezuelano.



O líder cubano Fidel Castro, lembrou Chávez, escreveu no último domingo que está “a ponto de presenciar outra tragédia” com um suposto plano para desmembrar a Bolívia e derrubar Morales.



“É a loucura (…). A loucura do fascismo, da extrema direita fascista encorajada pela mão assassina do império” americano, comentou Chávez em um discurso em seu escritório e transmitido pela emissora “VTV”, que integra a rede estatal de televisão em seu país.



Diante disso, o líder venezuelano disse ter optado por promover “uma reunião extraordinária da Alba”. Chávez indicou que também entrou em contato com as autoridades de Brasil, Argentina e Equador, para “tratar de evitar de fora o que para muita gente a estas alturas parece inevitável: uma explosão na Bolívia”.



“A mão do império está por trás de tudo isto”, insistiu o governante venezuelano, que acrescentou que “a direita fascista já está há dois anos injetando ódio” na Bolívia, onde pela “primeira vez o povo tem um presidente indígena”.



Sem estado de sítio



Na última segunda-feira, Evo descartou a decretação de estado de sítio para impedir o referendo de autonomia no departamento (Estado) de Santa Cruz. Atenuando o tom dos discursos do fim de semana, ele disse torcer por “soluções pacíficas” no diálogo promovido pela Igreja entre o governo e a oposição.



O governador de Santa Cruz (leste), Rubén Costas, convocou para 4 de maio um referendo sobre a autonomia da região, o que representa um desafio ao governo e uma negação do processo constituinte promovido pelo presidente.
“Vi informações no sentido de que o governo pensa em impor um estado de sítio e militarizar Santa Cruz para impedir o referendo, mas isso nunca me passou pela cabeça”, disse Evo na ocasião a jornalistas.



“Qualquer solução para temas políticos e temas econômicos passará, sobretudo, pelo diálogo”, acrescentou.



Da redação, com agências