Estudantes entregam pauta de reivindicações a reitor da Ufam
Em apoio à ocupação da reitoria da UnB por estudantes, a Une promoveu
no dia 17 de abril, quinta-feira, nas principais instituições de
ensino superior do país, o Dia Nacional de Lutas nas Univer
Publicado 23/04/2008 15:10 | Editado 04/03/2020 16:13
A mobilização realizada na Ufam teve apenas o objetivo de ir à
reitoria e apresentar as pautas de reivindicações, e não de ocupação.
As pautas propostas pela Une em todas as universidades federais inclui
o fim das fundações de apoio, democracia, com eleições diretas para
reitoria e paridade nos conselhos deliberativos; mais verbas, com
exigência do fim da DRU e por 10% do PIB para a educação; e acesso e
permanência: expansão de vagas nas universidades públicas, reserva de
vagas e assistência estudantil.
De acordo com Anderson Bahia, vice-presidente da União Nacional dos
Estudantes, a Unisol, fundação de apoio da Ufam que destina verbas à
pesquisa e extensão dentro da Universidade, desde que foi criada, a
prestação de contas da não se dá de forma transparente. ''Não há uma
transparência com os recursos captados pelas fundações apoio. Então a
Une vem pedir a regulamentação das fundações de apoio para que sejam
pautadas dentro dos conselhos universitários e que o poder público
possa interferir na gerência desses recursos''.
Quanto aos conselhos universitários, Anderson disse ainda que a Ufam
tem um conselho universitário composto por volta de cinqüenta pessoas,
sendo que apenas cinco são estudantes. Não há um caráter igualitário
na representatividade dentro dos conselhos. ''A Une pede paridade, que
o segmento da comunidade acadêmica tenha representatividade igual nos
conselhos universitários. A mesma quantidade de professores, seja a
mesma de aluno''.
''As fundações de apoio não têm a obrigação de prestar conta para a
sociedade, e o poder público não interfere na gerência desses
recursos. Pedir a regulamentação, é pedir que a comunidade acadêmica e
o poder público venham interferir na cobrança e prestação de contas'',
explicou Anderson.
Para Maria das Neves, presidente da União Estadual dos Estudantes, é
preciso saber o destino da verba pública que entra na universidade.
''Essas verbas devem ir para casa do estudante, para o restaurante
universitário, bebedouro e ar-condicionado nas salas de aula''.
Segundo Maria, após a entrega das pautas de reivindicações ao reitor
em exercício, Gerson Nakagima, o ato teve uma grande confirmação. ''A
verba que foi utilizada para comprar as cadeiras do LU, de fato, foram
verbas da universidade. Não iremos permitir que verba para ser
investida na casa do estudante ou no RU seja aplicada em outras
coisas''.
Para a estudante de pedagogia, Andreza Caroline, é necessária a
transparência nas questões de prestações de conta. ''Realmente temos
necessidade da construção do nosso RU aqui no ICHL. O mini campus tem
uma estrutura muito melhor e com menos alunos em relação aqui. Temos
muito mais aluno do que lá. Estamos com uma infra-estrutura degradada.
É preciso saber onde o dinheiro está sendo aplicado'' protestou
De Manaus
Vanessa Sena