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PF e Ibama reagem à proposta de suspender Operação Arco de Fogo

O coordenador-geral da Operação Arco de Fogo, delegado federal Álvaro Palharini, considerou hoje (23) “contraditória” a proposta do grupo de senadores que defende o fim da operação, que desde fevereiro atua no combate ao desmatamento ilegal em Mato Grosso

Os parlamentares –muitos deles ligados à bancada ruralista e defendores dos interesses de latifundiários– cogitam promover uma obstrução das votações no Senado Federal para pressionar o fim da operação em municípios dos três estados.


“O que nós vimos no Pará nos leva a analisar a operação, no mínimo, como precipitada. O Estado não pode entrar com uma ação repressora quando não cumpre sua tarefa de licenciar”, afirmou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), da Subcomissão Temporária para Acompanhar a Crise Ambiental na Amazônia.



Palharini lembrou que “quem produz as leis é o Congresso, são os senadores – ou seja, eles próprios produziram as leis que agora querem que não se cumpra”. 



Para o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel, com a proposta, os senadores estariam desconsiderando a atribuição do Estado de cumprir ações de fiscalização.



“No meu entendimento, quem quer impedir a fiscalização compartilha o ato ilegal”, avaliou. “A ação fiscalizatória não sofre interferência política de nenhum tipo, é parte do Plano Nacional de Combate ao Desmatamento na Amazônia, uma ação do Estado, reúne 12 ministérios”, argumentou.



Da redação,
com agências