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Preço pago pela energia de Itaipu é justo, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta terça-feira (22) que o preço pago pelo Brasil ao Paraguai pela energia da hidrelétrica de Itaipu é justo. De acordo com ele, o Brasil não cogita alterar o Tratado de Itaipu. “O preço que se está pra

“Se o Paraguai tem uma reivindicação a fazer examinaremos com todo cuidado como sempre fizemos”, completou.



Lobão garantiu que o pensamento atual do ministério é de manter as tarifas como estão. Ele disse que não consultou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de colocar seu posicionamento à imprensa, mas afirmou que a decisão final é do presidente. “Quem responde pelo Brasil é o presidente Lula. Eu falo como ministro e posso dizer que o pensamento do ministério é este. Se, por qualquer razão, o presidente Lula tivesse que modificar o pensamento do ministro, ele o faria com a autoridade que tem”, disse.



Segundo ele, só deverá haver aumento no preço de Itaipu se houver alguma revisão tarifária em relação à energia produzida por todas as hidrelétricas brasileiras. “Rever exclusivamente a de Itaipu, o Ministério das Minas e Energia não vê razão para isso”. Ele garantiu que, a partir do momento que as reivindicações do Paraguai passem a onerar o consumidor brasileiro, elas não serão atendidas.



O Brasil paga atualmente US$ 45,31 pelo megawatt-hora de Itaipu. Segundo Lobão, o valor está dentro do que se pratica no país atualmente. Ele lembrou que a energia produzida pela usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, vai custar R$ 78 por megawatt-hora.



Segundo o ministro, a energia gerada por Itaipu e comprada pelo Brasil gera cerca de US$ 340 milhões por ano para o Paraguai. Isso porque, dos US$ 45,31 pagos pelo país pelo megawatt-hora, US$ 42,5 são usados para abater a dívida paraguaia com a construção da usina, restando US$ 2,81 por megawatt-hora para o país.



Lobão garante que não há razão para problemas diplomáticos entre os dois países por causa da geração de energia de Itaipu. “Itaipu só deve ser considerado motivo de alegria para os dois países, e não para constrangimentos”.



Fonte: Agência Brasil