Presidenta do Cladem no Brasil filia-se à UBM/SC
A Presidenta do Comitê Latino-Americano e do Caribe para os Direitos da Mulher (Cladem) no Brasil, Samantha Buglione, é uma das novas integrantes da União Brasileira de Mulheres de Santa Catarina. A ficha de filiação foi assinada durante o Seminá
Publicado 24/04/2008 14:24 | Editado 04/03/2020 17:14
Com apenas 31 anos, a jurista e professora universitária é dona de um vasto currículo de militância na área de gênero. Sua atuação começou ainda no primeiro ano de faculdade em Porto Alegre, onde integrava a ong Themis – Assessoria e Assuntos de Gênero. Em Florianópolis, Samantha fundou a ONG Antígona, que desenvolve pesquisas sobre o tema. Desde abril deste ano, ela representa o Brasil no Cladem, entidade que vem ganhando destaque por conquistar ganhos de causa na justiça contra campanhas publicitárias que abusam da imagem da mulher ''A contribuição da Samantha para a UBM fortalecerá a ação das mulheres em todo o Estado'', festeja a coordenadora estadual, Simone Lolatto.
O seminário reuniu representantes da UBM nos municípios de Criciúma, Chapecó e Florianópolis no plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina. Também participaram integrantes da Casa da Mulher Catarina (mais antiga entidade a debater a questão de gênero no Estado), da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e da União dos Negros pela Igualdade (Unegro).
Mais mulheres fazendo política
A participação política das mulheres foi foco de dois dos debates do seminário. O primeiro deles, ''As mulheres na esfera da política eleitoral'', foi conduzido pela jurista Samantha Buglione e pela vereadora da capital, Angela Albino. Em seguida, as participantes debateram posições e propostas do movimento feminista durante a Mesa ''Construção de Plataformas Eleitorais com viés feminista''. Para isso, contaram com a experiência das ex-vereadoras Zuleika Lenzi e Clair Castilhos.
A UBM deve apresentar cerca de dez candidatas a vereadoras e prefeitas nas próximas eleições. Segundo a coordenadora estadual da entidade, Simone Lolatto, é atuando nos espaços políticos que as mulheres podem trabalhar em favor da redução da desigualdade entre homens e mulheres em outros espaços: no trabalho, no acesso aos serviços públicos e na família. ''Somos a maioria da população e temos o direito de ser protagonistas também nos parlamentos e no executivo'', pondera.
A programação do seminário também incluiu o debate ''Mídia, comunicação e cultura: o espaço das mulheres'', conduzida pela jornalista Ana Claudia Araujo, e a mesa ''A realidade catarinense das mulheres no mercado de trabalho'', com a participação do economista e coordenador do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Álvaro Cardoso, e das representantes da Federação dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Santa Catarina (Fetiesc), Ana Maria Sokacheski e Zeli da Silva.
A atividade também foi prestigiada pela nova titular do setorial de mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT), e pelo presidente estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Jucélio Paladini.