Professores de escolas particulares fazem paralisação

O Sindicato dos professores e auxiliares da rede particular de ensino do Piauí (Sinpro) promove nesta sexta-feira (25) uma paralisação de advertência em todas as escolas particulares do Estado. Se o movimento for bem sucedido, cerca de 40 mil profissionai

Nesta quinta-feira, foram distribuidos cerca de 20 mil panfletos amarelos nas escolas particulares, avisando pais e alunos de que não haverá aula na sexta-feira. Ao invés da lousa, os professores vão se ocupar com uma assembléia geral do sindicato, a partir de 8h, na praça da Liberdade, para deliberar sobre uma possível greve, que não ocorre desde 1997. A reunião será bem próxima ao colégio Sinopse, de propriedade do professor José Nunes, presidente do sindicato das escolas. E o local do encontro não foi escolhido por acaso.


 
De acordo com o presidente do Sinpro, Kléber Ibiapina, o sindicato enviou documento aos professores avisando que só iria negociar o reajuste na Delegacia Regional do Trabalho, que está de greve. “Nós temos até o dia 30 para tentar esse acordo sem precisar entrar nessa questão judicial. Vamos fazer essa paralisação para tentar abrir o canal de negociações, já que não houve interesse por parte deles até agora”, disse Ibiapina.


 
O sindicalista garante que grandes escolas, como o próprio Sinopse, Dom Barreto, Diocesano, Anglo e Sagrado Coração de Jesus (Colégio das Irmãs), não terão aula nesta sexta-feira. Os professores e auxiliares querem corrigir os 37% de defasagem salarial que eles alegam ter nos últimos cinco anos, enquanto as escolas particulares teriam reajustado suas mensalidades em 50% em quatro anos, sem passar isso para a categoria. Um professor mensalista, diz Ibiapina, chega a ganhar hoje um salário mínimo.


 
Outro ponto de reivindicação diz respeito às férias. Eles querem unificação das mesmas para que professores que trabalham em mais de uma instituição possam ter os 30 dias de descanso. A superlotação das salas de aula também está na pauta.