Entidades da sociedade civil lançam movimento em defesa da Amazônia
Entidades e representações da sociedade civil lançaram, no dia 28, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Movimento Nacional em Defesa da Amazônia. A campanha quer preservar a Floresta como patrimônio do povo brasileiro.
Publicado 30/04/2008 19:38 | Editado 04/03/2020 17:05
As entidades denunciam a ação de ONGs estrangeiras, a biopirataria e a exploração do rico solo do território. O Movimento Nacional de Defesa da Amazônia alega que grupos econômicos vêm usando o meio ambiente e os índios como camuflagem para negócios escusos e crimes de lesa-pátria.
“Assim como o petróleo é nosso, a Amazônia também é nossa”, declarou o vereador do Rio, Roberto Monteiro (PCdoB), que esteve na ABI, para manifestar o seu apoio a uma causa que pertence a todos os brasileiros. Também esteve presente a presidente do Partido no estado do Rio, Ana Rocha.
Segundo a médica Maria Augusta Tibiriçá, presidente do Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon), o objetivo é promover a integração, a preservação da biodiversidade, a defesa e o desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira.
Aos 91 anos, a médica ressalta a importância de lutar por essa causa e lembra que participou da campanha “O Petróleo é Nosso”, em meados do século passado, em defesa do monopólio estatal do petróleo. Segundo ela, o movimento lançado agora precisa das forças de todos os brasileiros.
“Eu me dediquei a vida inteira à campanha do 'Petróleo é Nosso' e agora não hesitei em entrar de cabeça numa nova campanha, que sei que vai ser difícil, pela cobiça de dois séculos sobre a nossa Amazônia. O desafio é garantirmos a nossa soberania e a propriedade brasileira”.
Maria Augusta disse que a iniciativa é apartidária e visa conscientizar a população da importância da defesa da soberania, da integridade territorial e do desenvolvimento da Amazônia de forma realmente sustentável. Para ela, entre os grandes desafios para a defesa da região, estão a demarcação das terras indígenas, a exploração clandestina da biodiversidade brasileira, a biopirataria e as riquezas minerais, além do desmatamento promovido pelas grandes madeireiras.
Ela informou que deverão ser criadas agora comissões de estudo para analisar cada um dos problemas apontados e propor medidas de atuações eficazes para a defesa da Amazônia.