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Para especialistas, unidade das Farc segue inalterada

A morte do líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), confirmada no último fim de semana pelo Secretariado da organização, deve acirrar divergências internas, mas não deve levar à sua divisão. A afirmação é do professor da Universidade N

O professor disse que o Secretariado das Farc já mostrou unidade ao designar Alfonso Cano para substituir Marulanda. Na opinião de Zuluaga, Cano vai enfrentar uma série de desafios, entre eles o de manter a unidade da organização, “num momento em que esse movimento atravessa uma série de dificuldades” por causa dos golpes sofridos, como a morte de Raúl Reyes, um dos líderes, numa ação do exército colombiano em março.



No entanto, o professor não acredita na desintegração do movimento. “Nessas situações, quando essas instituições são severamente atacadas, tendem a responder com o fortalecimento da sua unidade política”, afirmou.



A opinião é compartilhada pelo professor Argemiro Procópio, do Instituto de Relações Internacionais (IRel), da Universidade de Brasília (UnB). “As Farc são um movimento guerrilheiro dos mais antigos do mundo, eles são como gato, têm sete fôlegos”, afirmou.



Procópio lembrou que a organização guerrilheira já passou por conjunturas internacionais mais desfavoráveis e destacou a posição de Venezuela e do Equador a favor do diálogo enter as Farc e o governo da Colômbia.



Além disso, o professor afirmou que a política colombiana “de linha dura”, está tendo sucesso “aparente”. “Existem ainda milhares de soldados, milhares de guerrilheiros e até agora essa política ainda não conseguiu dobrar as Farc”, acrescentou.



Ele destacou a organização descentralizada, com comandos relativamente independentes. “Se um grupo cai nas mãos do Exército colombiano, outro não cai, não é porque corta uma cabeça que vai acabar o movimento”.



Fonte: Agência Brasil