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Lula irá à abertura de conferência GBLT, diz Secretaria

A Assessoria de Imprensa da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará, nesta quinta-feira (5) à noite, em Brasília, da abertura da 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais,

De acordo com nota da Secretaria, Durante a Conferência, que acontece até o dia 8 de junho, serão realizadas palestras sobre direitos humanos e políticas públicas, orientação sexual e identidade de gênero, perspectivas e abordagens dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo e do Ministério Público, além de avaliação da conjuntura internacional sobre o tema. Grupos de trabalho vão discutir vários assuntos, com foco no segmento GLBT: saúde, educação, cultura, emprego, turismo, esportes, previdência social, justiça e segurança pública, entre outros. Ao final da Conferência, essas políticas serão consolidadas no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais.



A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, coordenadora do evento, destaca que esta é a primeira conferência do gênero, no mundo, organizada por iniciativa governamental, tendo sido convocada por decreto presidencial de novembro de 2007. Os 600 delegados que vão participar do encontro (representantes da sociedade civil e do poder público) foram definidos em encontros estaduais e municipais que ocorreram em todas as unidades da Federação.



Para o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), a exemplo das demais conferências promovidas pelo governo federal com movimentos da juventude, de mulheres, ambientalistas ou profissionais da saúde, o objetivo da Conferência Nacional de GLBT é estabelecer um pacto democrático para a definição de políticas públicas voltadas à população GLBT. “Por um lado, contribui com a mobilização de um setor social freqüentemente ignorado pelas autoridades. De outro, permite a participação desse setor na formulação de políticas encaminhadas pelo governo federal”, afirmou o ministro em artigo para a Folha de S. Paulo.



Para Fernanda Benzenutty, uma das organizadoras do evento e militante da Associação de Travestis da Paraíba (Astrapa), as reivindicações devem servir para que as políticas afirmativas para os homossexuais se mantenham.



“Nós queremos consolidar o programa Brasil Sem Homofobia para que ele seja uma política de Estado e não de governo. Queremos garantir que o que foi conquistado e as coisas que estão sendo discutidas não sejam jogadas fora com uma troca de governo para começar tudo do zero”, explica.



Abraço coletivo



Amanhã (6), durante a Conferência, manifestantes de diversas partes do País darão um abraço coletivo em frente ao Congresso Nacional e fixarão 70 cruzes cor-de-rosa, com o objetivo de lembrar os 70 assassinatos homofóbicos ocorridos no Brasil apenas este ano.



Mesmo tendo a maior Parada do Orgulho GLBT do mundo, o Brasil ainda registra altos índices de violência contra a comunidade gay.
Estudos feitos pelo Grupo Gay da Bahia, com base no noticiário da imprensa, afirmam que, entre 1980 e 2006, 2.745 brasileiros da comunidade GLBT foram assassinados no país -dos quais 67% gays, 30% travestis e transexuais e 3% lésbicas. São números aquém da realidade, já que se baseiam exclusivamente no registro jornalístico. Estima-se que, a cada três dias, um cidadão GLBT seja assassinado no Brasil.



Os organizadores do protesto reservaram, ainda, outras cinco cruzes para o caso de o número de assassinatos contra homossexuais aumentar. Infelizmente, duas delas já foram usadas e lembram o assassinato de uma travesti no Espírito Santo e de outra em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo. Ambos ocorreram no dia 1º de junho.


 


Da redação,
com agências