PSB realizará congresso para “modernizar” o partido
Começam nesta sexta-feira (6), os congressos setoriais do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Durante todo o dia, os segmentos sociais representados e estruturados no Partido realizarão seus congressos internos. Serão quatro encontros simultâneos: o das
Publicado 05/06/2008 17:58
A partir das 18h, o PSB promove congresso destinado à alteração do Estatuto da legenda e, no dia seguinte é a vez do 11º Congresso Nacional do Partido. A abertura será feita pelo presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Todos os eventos serão realizados no Senado Federal, em Brasília.
O objetivo é a modernização do Partido e atende à resolução da Comissão Executiva Nacional, que aprovou o calendário dos congressos municipais e estaduais, realizados em abril e maio.
Pautas
No congresso que cuidará da mudança do Estatuto serão discutidas a alteração ou supressão do artigo 22 – relacionado a mandatos dos diretórios nos diversos níveis –, o artigo 70 – que abrange a questão da contribuição dos filiados – e o parágrafo segundo do artigo 87 – que trata, especificamente, dos mandatos dos diretórios eleitos em 2005.
Já no Congresso de sábado, estarão em pauta questões como os Programas de Governo para os Municípios; a Estratégia Eleitoral para as Eleições Municipais de 2008; bem como a eleição do Diretório Nacional, dos conselhos de Ética e Fiscal, além dos representantes do Partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Detalhes sobre os aperfeiçoamentos da reforma estatutária estão à disposição para livre consulta na sede do Diretório Nacional e no Portal PSB (para acessar, clique aqui ).
Homenagem a Dom Hélder
Na abertura do Congresso, no sábado, o PSB prestará homenagem ao centenário de nascimento de Dom Hélder Câmara, símbolo da Igreja progressista e personalidade marcante da vida nacional. Cardeal-arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder foi uma das figuras mais polêmicas da Igreja Católica no Brasil.
Durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), o “bispo vermelho” – como chegou a ser conhecido – promoveu a articulação entre cardeais e bispos de todo o mundo em favor da inserção da Igreja nos setores populares. Propôs ao papa João XXIII entregar o Vaticano e suas obras de arte aos cuidados da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), como patrimônio cultural da humanidade, enquanto o papa passaria a morar, na qualidade de bispo de Roma, numa paróquia da capital italiana. Assim era Dom Hélder, um homem de fé e simples, que sonhava com uma Igreja que fosse parecida com a comunidade dos pescadores da Galiléia.
Ameaçado de morte em diversos telefonemas e cartas, Dom Hélder nunca se calava. Aproveitava sua projeção internacional, que o levou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz por três vezes, para denunciar no exterior o que ocorria no Brasil.
Integralista na juventude, progressista na idade adulta, ele sempre surpreendeu a quem quis enquadrá-lo em jargões. Criador da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma das instituições mais ativas na denúncia de violações dos direitos humanos dos anos 60 e 70, sob a ditadura militar dialogou com os generais que o censuravam na mídia e socorreu perseguidos e presos políticos na defesa dos direitos humanos.
Para saber da programação do 11º Congresso Nacional do PSB, clique aqui.
Fonte: www.psb.org.br