Lula poderá confirmar refinaria para o Ceará
O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou ontem, no Rio de Janeiro, que deverá assinar, na próxima quarta-feira, o Protocolo de Entendimentos para a construção da refinaria Premium 2 no Ceará, como já esperavam autoridades locais. A intenção é
Publicado 16/08/2008 16:35 | Editado 04/03/2020 16:36
A visita dos dois será, oficialmente, para lançar a usina de biodiesel da estatal, instalada no município de Quixadá, e o terminal móvel de regaseificação no Pecém. Gabrielli não quis, entretanto, dar mais informações sobre o procedimento de instalação da usina cearense de refino.
A declaração do presidente da Petrobras se deu após o lançamento da nova fase do programa ambiental da empresa, que contou também com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.
O programa irá disponibilizar, até 2012, R$ 500 milhões a ações estratégicas, que incluem patrocínios, fortalecimento das organizações ambientais e suas redes e disseminação de informações sobre o desenvolvimento sustentável. ´A atividade de exploração de petróleo é intrinsecamente agressiva ao meio ambiente, por isso é fundamental investir nestes projetos, que são essenciais se quisermos pensar em sustentabilidade´, aponta Sérgio Gabrielli.
Com o tema ´Água e clima: Contribuições para o desenvolvimento sustentável´, o programa destinará na seleção pública deste ano R$ 60 milhões para iniciativas a serem desenvolvidas no prazo de dois anos. Segundo o gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, a expectativa é de que, a partir de 2010, sejam liberados mais de R$ 100 milhões anuais. As inscrições para a seleção já estão abertas pela Internet (www.petrobras.com.br).
Entre os projetos que já fazem parte da carteira do Programa Petrobras Ambiental, existe uma iniciativa em curso no Ceará, voltada para a melhoria da qualidade dos sistemas hídricos na planície da costa de Icapuí. O projeto pretende recuperar os ecossistemas costeiros marinhos.
Com a descoberta de reservas de petróleo estimadas em cerca de cinco a oito bilhões de barris em Tupi, no Rio de Janeiro, na chamada camada do pré-sal (águas ultra profundas), iniciou-se uma disputa pelos royalties da companhia. A secretária do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro sugeriu que os recursos sejam investidos no pagamento do que ela chamou de dívida ambiental do País.
´Nós ainda estamos na Idade Média do saneamento ambiental no Brasil. É preciso investir em preservação, despoluição, moradia, saneamento básico, entre outros´, aponta.
Fonte: DN