Povo forte na inauguração do comitê de Peba e Neta em Paraipaba

A caminhada reuniu uma multidão, que tomou as ruas de Paraipaba sob o clima festivo e descontraído da juventude. O evento lembrou os tempos do fora Collor, com faixas, cartazes e caras pintadas. “Foi uma festa originalmente popular”, afirmou convicto o jovem comerciante Marcos. O evento se deu sob a forma de uma vibrante caminhada pelas rua da cidade, onde a principais estrelas não eram nem o candidato a prefeito, nem a vice, mas o povo pobre e humilde do município.

O festivo evento ocorreu uma semana depois da inauguração do comitê da candidata que é a atual prefeita. Naquela ocasião houve uma carreata, com distribuição de vales-combustível. “Participou gente de fora, que nem conhecia a cidade. O povo humilde, que não tem carro ficou só assistindo” disse um mototaxista que não quis se identificar. E concluiu: “Participei da carreata sim, mas só para receber o vale-combustível, porque eu preciso. Aqui na passeata do Peba estou porque é uma festa nossa”. O experiente casal de agricultores sra. Maria e sr. Albino resumem com invejável sabedoria e poucas palavras a comparação entre os dois eventos: “Carro não vota, quem vota somos nós”. Outro senhor, também agricultor, que preferiu não se identificar questionou: “Pra quê ir de carro, se a cidade nem é tão grande assim? Andar faz bem à saúde e preserva o meio ambiente”.

A belíssima caminhada popular terminou com um comício em frente ao comitê de campanha. Participaram lideranças do município e representantes de famílias ofendidas pela atual prefeita. Tudo por causa de suas afirmações grosseiras e infelizes, onde a prefeita-candidata sugeriu que iria “enterrar as famílias” que não a apoiavam. Mesmo assim, quem pensou que o tom da festa se daria sob a forma de revide, se enganou. O ex-prefeito padre Pascoal resumiu bem o sentimento do grupo: “Chamamos todas as famílias a fazerem parte desta frente popular, inclusive a família da prefeita, sem mágoas e sem rancor, pois a candidatura do Peba é a candidatura do povo”. A comunista Neta Moreira deixou bem claro em sua fala, que quem vai governar é o Peba, mas quem vai mandar na cidade é o povo de Paraipaba. E concluiu comparando as trajetórias e personalidades de Peba e do presidente Lula: “Ambos vieram do povo e é para o povo que governam”.

O tom de agressividade não costuma ser qualidade de candidaturas populares, como ficou bem claro na inauguração do comitê de Peba Cipriano e Neta Moreira. Quem tem o costume de esbravejar, difamar, denegrir, violentar, são as elites. As famílias pobres e trabalhadoras que participaram da festa, mostraram que quem tem nível é o povão. E esse mesmo povo, que teve voz e vez na caminhada com Peba e Neta e teve voz e vez nesta matéria, também os terá na administração popular de Paraipaba, com importante participação dos comunistas. Portanto, a palavra final fica por conta de um indivíduo do povo, de garganta privilegiada, que estava no meio da multidão: “É Pebaaaaaaaa!!!!”.

De Paraipaba,
Luís Gustavo Guerreiro