Ato pelo povo palestino invade as ruas do Recife

Jovens da Região Metropolitana do Recife realizaram, na tarde desta quinta-feira (08), uma mobilização em solidariedade aos palestinos mortes no conflito da Faixa de Gaza. De bandeiras em punho e rostos pintados, eles marcharam pelas ruas do centro da cid

“Colégios, hospitais e postos da ONU estão sendo atacados. Nem as forças humanitárias das Nações Unidas estão sendo respeitadas e nós não podemos ficar aqui de braços cruzados. Em conflitos como este, vividos na Faixa de Gaza, os que mais morrem são os jovens”, disse Silvana Paula, presidente da União da Juventude Socialista (UJS) em Pernambuco, entidade organizadora do ato.


 


Segundo a presidente da UJS, este foi um primeiro ato realizado em prol do povo palestino, mas outros serão realizados nos próximos dias. “Neste momento, estamos chamando a atenção da população para a causa. A partir daqui, vamos conversar com representantes dos movimentos sociais para que possamos lutar juntos e sejamos ouvidos”, explicou Silvana.


 


E com certeza, eles conseguiram chamar a atenção da população. Ao saírem da praça Oswaldo Cruz, local de concentraram do ato, os membros da UJS seguiram caminhando pelas ruas da cidade e pararam a avenida Conde da Boa Vista, uma das principais e mais movimentadas vias do Recife. Com um megafone na mão, os jovens se revezavam em discursos que alertavam como os Estados Unidos vem usando Israel para praticar um genocídio contra o povo palestino.


 


“Assim como fizeram no Iraque, os Estados Unidos vem dizimando populações com o pretexto de combate ao terrorismo”, exclamavam enquanto distribuíam panfletos e dialogavam com pedestres, motoristas e usuários de ônibus.


 


A marcha continuou até o prédio onde funciona a Embaixada dos Estados Unidos no Recife. Num ponto mais alto, onde pôde ser vista e ouvida, Silvana Paula parabenizou a todos pela participação e luta, lembrando que este é apenas o começo. “Temos de mostrar como essa política de imperialista está destruindo o mundo e relegando grande parte do povo à miséria e à morte”, disse.


 


Numa referência ao jornalista iraquiano que deu uma sapatada em Bush, os membros da UJS atiraram sapatos na fachada do edifício e queimaram as bandeiras dos Estados Unidos e Israel em repúdio ao massacre praticado contra o povo palestino. A polícia chegou a ser chamada pela segurança da Embaixada, mas como a manifestação foi pacífica, nenhum incidente aconteceu.


 


Do Recife,
Daniel Vilarouca