Escadaria da Prefeitura é tomada por faixas de protesto

Entidades estudantis e representantes sindicais se reuniram na manhã desta quinta-feira, dia 8, com o prefeito Sílvio Mendes (PSDB), para pedirem uma nova redução da tarifa de ônibus, que sofreu aumento de 10%, no dia 1º de janeiro. A reunião aconteceu a

Durante a audiência, outros representantes de entidades estudantis encheram a escadaria da Prefeitura de Teresina de faixas contra o aumento da passagem de ônibus. Nas faixas, os alunos reclamam da não consulta sobre o aumento e do desconhecimento da planilha de custos.



Eles reivindicam que o prefeito volte atrás em sua decisão. Segundo Cássio Borges, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) no Piauí, o preço é abusivo já que não existe licitação e integração das linhas de ônibus.



Nas faixas eles ameaçam: “Se a passagem não baixar, Teresina vai parar”. A reunião ainda está em andamento. Participam da conversa: Famepi (Federação das Associações de Moradores), UNE (União Nacional dos Estudantes), UJS (União da Juventudade Socialista), CUT (Central Única dos Trabalhadores), da UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaristas), entre outras.



De acordo com o presidente da Famepi (Federação das Associações de Moradores do Estado do Piauí), Raimundo Mendes, as entidades vão usar como um dos argumentos o fato de o índice de reajuste ter sido superior à inflação. A qualidade dos ônibus que atendem a população será também um dos pontos de discussão durante a audiência com o prefeito de Teresina.



“Outra questão é que com esse reajuste vai aumentar o número de pessoas que estão fora do sistema. Hoje mais de 30% da população não tem condições de pagar a passagem de ônibus e usar o transporte coletivo. Com esse reajuste, vai aumentar esse número de pessoas, enquanto que nós trabalhamos para inseri-las no sistema”, disse Raimundo Mendes.



“Fomos pegos de surpresa, estava todo mundo de recesso. É um aumento de 15 centavos, a gente acompanha os outros aumentos e eram sempre de 10 centavos, até pela questão da meia estudantil, que ficou 0,875. Fica uma coisa ridícula, uma meia de 0,87. Você vai ao Setut e recebe uma moeda de 1 centavo. A gente quer que diminua, que seja discutindo com a sociedade. A gestão tem de ser transparente, escutar a sociedade”, disse a estudante Diaponira Lustosa, que estava junto com outros estudantes aguardando do lado de fora da prefeitura o resultado da audiência.