Moura na luta contra o aumentos de energia
Foi realizada, na manhã desta quinta-feira (19), no auditório G1, da Universidade Católica de Pernambuco, uma audiência pública para analisar os aumentos abusivos nas contas de energia praticados pela Celpe. Participaram do encontro representantes da Agên
Publicado 20/03/2009 19:16 | Editado 04/03/2020 16:58
O auditório da Unicap ficou pequeno para a quantidade de pessoas que foram acompanhar a audiência pública e demonstrar sua indignação com os aumentos de energias aplicados pela Companhia Elétrica de Pernambuco (Celpe). O que era para ser uma analise do ajuste tarifário solicitado pela Companhia, acabou se tornando um jogo de empurra-empurra entre Celpe e Aneel. Um jogo perigoso que pode prejudicar o ciclo de investimentos no Estado.
Vários representantes de indústrias e até do próprio Complexo Industrial Portuário de Suape estiveram presentes. Tudo porque o reajuste sugerido pela Aneel ultrapassa os 12% para empresas de médio porte. “Estes altos custos para o fornecimento de energia em Pernambuco, fazem com que as empresas procurem outros estados para se instalarem”, argumentou o presidente de Suape, Fernando Bezerra Coelho.
Os diretores da Celpe dizem que vão “estudar e sugerir uma contraproposta” aos percentuais apresentados pela Agência Nacional. Uma fraca tentativa de posar de “boa moça” quando a própria Companhia tentou empurrar, no começo do ano e de uma única vez no bolso dos pernambucanos, um reajuste absurdo relativo há cinco anos atrás.
Um deputado contra o aumento…
Com o trabalho decisivo do deputado estadual Luciano Moura (PCdoB) de convocar a população para a audiência pública, o auditório da Unicap ficou lotado. A pressão popular, com certeza, fará com que a Celpe e Aneel reveja seus percentuais de reajuste.
Moura defende que é “inaceitável uma empresa como a Celpe, que está em uma crescente de lucratividade, esteja exigindo reajuste tarifário”. Segundo o deputado, outras concessionárias de energia que solicitaram revisão tarifária estão com índices de reajuste negativo. Enquanto a Celpe, desde que foi privatizada, em 2002, vem apresentando uma margem de lucro bastante crescente.
Durante os dias que precederam à audiência pública, o comunista visitou mercados públicos e sinais de trânsito, onde convocou pessoalmente os recifenses a participar do encontro. Ele não esteve sozinho, contou com uma ajuda de peso.
Membros da Unegro, UJS, UBM e Unacomo também foram às ruas. Na tarde da quarta-feira (18), dia anterior à audiência pública, eles fizeram uma grande panfletagem em frente ao Colégio São Bento, em Olinda. Chamando pessoas de outros municípios para comparecerem à audiência pública da quinta-feira.
Do Recife,
Daniel Vilarouca