Marcha em defesa do emprego pára o centro de Salvador
Os trabalhadores de Salvador deram nesta segunda-feira (30/3) mais uma demonstração de que não aceitam pagar pela crise econômica mundial. No final da manhã, fizeram uma grande marcha pelo Centro da cidade para protestar contra as demissões e a ameaça aos
Publicado 30/03/2009 16:57 | Editado 04/03/2020 16:20
O protesto foi convocado pela Federação Sindical Mundial (FSM) para o dia 1º de abril em todo mundo, mas, devido à tradição brasileira de considerar este data como dia da mentira, a mobilização foi transferida para 30 de março. O objetivo é deixar muito claro para a sociedade que a classe trabalhadora não pode pagar pela crise. “Nós não fomos convidados para repartir o bolo na hora do lucro, então não podemos agora, na hora da crise, pagarmos a conta com os nossos empregos”, afirmou Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil na Bahia (CTB-Bahia).
O presidente da CTB Bahia lembrou ainda da necessidade de cobrar do governo medidas mais efetivas para combater o desemprego na Bahia. “No final de janeiro, entregamos o Pacto da Ação Sindical ao governador Jaques Wagner e até o momento ainda não obtivemos resposta. Nós queremos medidas mais efetivas para garantir empregos. Não podemos aceitar que empresas que receberam incentivo governamental demitam em massa, como aconteceu com a Britânia, em Camaçari, que demitiu mais de 370 empregados no mês passado”, completou.
Os movimentos sociais de Salvador aderiram à mobilização, entidades como a Associação Baiana de Estudantes Secundaristas (ABES), Unegro, União Brasileira de Mulheres, Movimento de Sem Teto de Salvador, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Via Campesina também participaram da caminhada. Nas faixas, a defesa dos direitos sociais como: educação pública de qualidade, programas básicos de saúde, moradia digna, reforma agrária, além de direitos iguais para homens e mulheres.
A caminhada saiu do Campo Grande e foi até a praça Municipal puxada por um trio elétrico, onde lideranças das principais centrais sindicais lembravam as principais bandeiras de luta dos trabalhadores. O ato unitário contou com a participação da CTB, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Nova Central Sindical, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Conlutas.
De Salvador,
Eliane Costa