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Indústria chinesa cresceu 8,3% em março

A China teve um aumento de 8,3% na sua produção industrial em março, em relação ao mesmo período do ano passado, e sua economia está crescendo em muitos setores, embora ainda com dificuldades devido à queda na demanda global em função da crise. A informaç

O crescimento de março foi bem superior ao do primeiro bimestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008 foi de 3,8%. No entanto, fiocou abaixo do  registrado em fevereiro, que ficou em 11%. O acumulado do primeiro trimestre ficou em 5% em relação ao ano anterior.  

Na quinta-feira, o Escritório Nacional de Estatísticas da China deve divulgar dados do produto interno bruto do primeiro trimestre e outros indicadores econômicos importantes de março. A meta do país, exposta por Wen na última sessão parlamentar, é um aumento de 8% no PIB em 2009.

Pacote funciona e crédito se expande

Os empréstimos novos em yuan, a moeda chinesa, atingiram novo recorde em março, o que indica que estão funcionando os esforços feitos por Pequim em ceder crédito para estimular a economia doméstica, com seu pacote de 4 trilhões de yuans voltado para o mercado interno. Os novos empréstimos em yuan ficaram acima de 1 trilhão de yuans (US$ 146 bilhões) pelo terceiro mês consecutivo.

Os dados de empréstimos mostraram que a obtenção de ''funding'' não deve ser mais um problema. ''O que preocupa agora é a qualidade do crédito'', afirma a economista da Moody's Economy.com, Sherman Chan. Segundo ela, se o acesso a estes recursos não for feito de forma prudente, o atual crescimento robusto do crédito terá consequências negativas que empurrará a economia mais para baixo.

Em março, os novos empréstimos em yuan atingiram 1,89 trilhão de yuans, ultrapassando o recorde anterior de 1,62 trilhão registrado em janeiro e também acima dos 1,07 trilhão de yuans emprestados em fevereiro, segundo informação do Banco do Povo da China, o banco central chinês. Isto significa que, no primeiro trimestre de 2009, os novos empréstimos ficaram em 4,58 trilhões de yuans, 92% da meta mínima para este ano. A expectativa de Pequim era de que os novos empréstimos crescessem pelo menos 5 trilhões de yuans em 2009 ante os 4,9 trilhões registrados em 2008.

O crescimento destes empréstimos atingiu 29,78% em março ante uma expansão de 24,17% registrada em fevereiro. Também em março, a oferta de dinheiro indicada pela medida mais abrangente, o M2, cresceu 25,51% no final de março em relação ao mesmo período do ano anterior. O M1 chinês mostrou crescimento de 17,04%. O M0, que mede o dinheiro em circulação, aumentou 10,88%. Alguns economistas também notaram um forte crescimento nos depósitos em yuan, que registraram crescimento de 25,73% em março, ante 23,01% em fevereiro.

Reservas de divisas: US$ 1,9 tri

A recuperação ainda não se consolidou. As reservas estrangeiras da China caíram por dois meses consecutivos no primeiro bimestre, provavelmente refletindo a redução da entrada de recursos na China diante da crise financeira global. Só voltaram a crescer em março, quando atingiram US$ 1,9537 trilhão ante US$ 1,946 trilhão no final de dezembro de 2008.

Os dados da balança comercial de março mostraram que as exportações chinesas voltaram a cair pelo quinto mês consecutivo mas recuaram 17,1%, menos que os 20% esperados. A queda também foi menor que os 25,7% registrados em fevereiro. Já as importações caíram 25,1% ante expectativa de 21%. Em fevereiro, as importações haviam caído 24,1%. O resultado foi um superávit comercial de US$ 18,56 bilhões em março, superior aos US$ 11,8 bilhões esperados pelo mercado.

Com informações da Agência Estado