1° de Maio: Ato unitário em defesa do emprego em Salvador

Unidade. Este foi o lema central da manifestação pelo Dia do Trabalhador nesta sexta-feira (1º/5), em Salvador. O ato, realizado na praça do Campo Grande, foi organizado conjuntamente pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Ce

Basta de demissões e exploração, os trabalhadores não vão pagar a conta da crise, diziam as faixas espalhadas por todo Centro da capital baiana. Em torno delas, foi montado um palco, onde aconteceram shows musicais, apresentações culturais e artísticas, além das tradicionais saudações das principais lideranças políticas da cidade. O secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, falou em nome do governador Jaques Wagner.


 


“Este 1º de Maio é especialmente um dia de protesto em todo mundo, marcado pelos efeitos da crise econômica, que vem aumentando o desemprego em várias partes do planeta. Aqui na Bahia, o governo do Estado vem adotando medidas para combater o desemprego, seja através da intermediação da mão-de-obra, da qualificação profissional de trabalhadores, da ampliação de linhas de crédito para micro empreendedores ou da implementação da Agenda Bahia do Trabalho Decente, fincada principalmente no fomento da qualidade do emprego. Ou seja, mais empregos, com melhores salários”, afirmou Nilton Vasconcelos.


 


 


Mais empregos


 


O presidente da CTB Bahia, Adilson Araújo, também lembrou da importância das ações governamentais no enfrentamento à crise. “Nós apoiamos a redução de impostos e outros incentivos às empresas para aumentar a produção e o consumo, mas queremos que estas empresas assumam a compromisso de não demitir trabalhadores. Não podemos aceitar de forma alguma, que empresas que receberam ajuda do governo demitam, como aconteceu com a Embraer e a Britânia”, ressaltou.


 


Adilson reforçou ainda da necessidade de mobilização em Salvador e Região Metropolitana. “Segundo o IBGE, temos mais de 370 mil desempregados na RMS. Estes trabalhadores com certeza não estão comemorando o dia de hoje, pois estão preocupados com a incerteza do amanhã. Nós que estamos empregados, precisamos lutar pela criação de mais postos de trabalho, por melhores salários e condições de trabalho. Assim, teremos desenvolvimento social com distribuição de renda. Esta é uma luta de todos nós”, enfatizou.


 


 


A mesma bandeira foi levantada pelo diretor da NCST José Ramos. “Nós temos que está nas ruas, não apenas hoje, mas todos os dias para mostrarmos aos patrões que estamos unidos contra a exploração da força de trabalho de muitos em benefício de poucos. A nossa unidade vai fazer a diferença para todos os trabalhadores”, declarou Ramos. O dirigente da CGTB, Max Cunha, também reforçou a necessidade da união das centrais sindicais em torno de bandeiras, como o combate à crise, o desemprego e a demissão imotivada.


 


Unificação de bandeiras


 


Uma das intervenções mais aplaudidas do evento foi a do dirigente da Federação Nacional dos Aposentados e Pensionistas Gilson Costa. “A rua é o nosso campo de batalha. É através da nossa mobilização que conseguimos mudar leis e conquistar direitos. Uma questão que está na ordem do dia e merece a atenção de todos é a do fim do Fator Previdenciário. Precisamos que todos os trabalhadores se unam para acabar com este mecanismo que reduz o rendimento da pessoa na hora em que ela mais precisa. Este não é um problema apenas dos aposentados, mas de toda a sociedade”, afirmou


 


Pascoal Carneiro, da direção nacional da CTB, também falou da importância da unidade dos trabalhadores. “Este ato de hoje tem um simbolismo muito grande. Conseguimos reunir três centrais sindicais em torno da atividade do 1º de Maio. Isto já é avanço, mas esperamos unir as seis centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho no próximo ano. A CTB tem trabalhado muito para isto, pois acreditamos que se as demandas dos trabalhadores são as mesmas, não há porque lutarmos e comemorarmos as vitórias separados. A história já mostrou que a união faz toda a diferença na hora de conquistar direitos e nós não podemos perder o bonde da história”, concluiu.


 


Muitas lideranças sociais, sindicais e políticas compareceram ao ato político no Campo Grande. Entre elas, os deputados federais pelo PCdoB Alice Portugal e Daniel Almeida, Lídice da Mata (PSB), os deputados estaduais Álvaro Gomes e Javier Alfaya, ambos do PCdoB, a vereadora Olívia Santana (PCdoB), além do presidente do PCdoB em Salvador, Geraldo Galindo.


 


 


De Salvador,


Eliane Costa