Roberto Monteiro vai presidir nova CPI da Cidade da Música
Depois da CPI da Cidade da Música realizada em 2008, que terminou sem relatório oficial aprovado, a Câmara Municipal do Rio decidiu instaurar uma nova CPI sobre a obra. Na primeira reunião, no dia 21, os integrantes da CPI elegeram o vereador Roberto Mont
Publicado 22/05/2009 19:30 | Editado 04/03/2020 17:04
A nova CPI foi motivada pelos fatos levantados pela auditoria realizada pelo atual prefeito. Ainda na reunião do dia 21, a vereadora Andréa Gouvêa Vieira (PSDB) foi escolhida para a relatoria. Os demais integrantes da CPI são: Clarissa Garotinho (PMDB), João Cabral (DEM) e S. Ferraz (PMDB). Os vereadores Alfredo Sirkis (PV) e Carlos Bolsonaro (PP), são respectivamente os 1º e 2º suplentes.
A eleição de Roberto Monteiro para a presidência da CPI não é bom sinal para os responsáveis pela obra, já que na outra CPI o vereador apresentou um relatório em separado pedindo o indiciamento por improbidade administrativa do então prefeito Cesar Maia, do ex-secretário de obras Eider Dantas e do então Secretário das Culturas, Ricardo Macieira.
Para o vereador Roberto Monteiro a atual CPI “renova as esperanças, pois pode, devido ao novo quadro político, ir mais além do que a CPI realizada em 2008″. Para o parlamentar do PCdoB, “agora temos muitas condições políticas de aprovar um relatório final da CPI, inclusive com os dados levantados pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Município”.
Para Roberto, a nova CPI não terá como foco apenas o governo anterior, o atual também pode ser questionado, pois “deve-se investigar não só o que foi gasto, mas o que ainda será gasto para concluir a obra”.
Juíza determina que réus sejam notificados
A juíza Valéria Pachá Bichara, da 10ª Vara da Fazenda Pública do Rio, determinou a notificação dos 10 réus acusados de improbidade administrativa pela construção da Cidade da Música. A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público estadual.
Entre os acusados estão o ex-prefeito Cesar Maia e o ex-secretário municipal de Obras, Eider Dantas. A juíza disse que todos terão que se manifestar, como determina a lei, num prazo de 15 dias e só depois ela irá proferir uma decisão. Segundo Valéria Pachá, os réus, dentre eles quatro empresas, serão intimados por oficiais de Justiça, sendo que alguns, por terem endereço em São Paulo, serão notificados por carta precatória.